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A Ponte de Mucela vai sentir amanhã, domingo, a agitação de outra era. A 1.ª Festa Histórica de Vila Nova de Poiares vai recriar um acontecimento importante registado na ponte que liga as freguesias de Lavegadas, no concelho de Vila Nova de Poiares, e São Martinho da Cortiça, já no município de Arganil.
Recuando a março de 1811. No percurso de retirada de Portugal, as tropas francesas, lideradas pelo general André Masséna, sob o comando de Napoleão Bonaparte, decidem destruir parte de uma ponte para atrasar o avanço das forças luso-britânicas. Depois de uma frustrada terceira tentativa de invasão de Portugal, os franceses atravessavam a região Centro e eram “perseguidos” por ingleses e portugueses. Seria a Ponte de Mucela a sofrer a consequência de algum desespero dos invasores, que acabariam por fazer uma retirada acelerada à força e com muito sangue derramado.
Com intuito de evocar este acontecimento histórico, a Junta de Freguesia de Lavegadas, em colaboração com a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e a Academia Cultural Terras de Poyares, dinamizam este domingo, a partir das 11H00, uma recriação que pretende, segundo o presidente do município poiarense, João Miguel Henriques, “transmitir às pessoas cultura e conhecimento sobre a história de Vila Nova de Poiares”. A iniciativa assume “uma função educativa, chamando as pessoas e mostrando o que aconteceu”, algo que João Miguel Henriques considera “extremamente positivo”.

Festa histórica começa à 15H00
A abertura das tasquinhas, na rua do Lagarão-Ponte de Mucela, acontece às 11H00 e a animação de rua está a cargo dos grupo Gaiteiros Rainha Santa. Para a tarde, 15H00, fica
reservada a abertura da Feira Histórica, que acontece às 15H00. Para além da recriação histórica da batalha, também está prevista a atuação da Banda Filarmónica Serpinense.
O acontecimento em Ponte de Mucela integra o roteiro mapa / roteiro temático alusivo às Invasões Francesas da CIM Região de Coimbra e, também, o “Roteiro da 3.ª Invasão Francesa no Centro de Portugal – Itinerários Napoleónicos” da Turismo Centro de Portugal. “Tudo isto está articulado e tem que fazer algum sentido”, assumiu João Miguel Henriques que recordou que os roteiros fizeram a “identificação dos maiores acontecimentos relacionados diretamente com as Invasões Napoleónicas” tendo sinalizado “ alguns” no município poiarense.

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Notícia completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS de 23/03/2024