Óbito/Carlos Avilez: Costa destaca imenso legado para a vida cultural portuguesa

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O primeiro-ministro considera que Carlos Avilez foi um apaixonado e incansável homem do teatro e que o seu legado para a vida cultural portuguesa é imenso, principalmente pelo contributo que deu para a modernização teatral do país.

O encenador e ator Carlos Avilez, faleceu hoje, aos 88 anos, vítima de paragem cardiorrespiratória, no Hospital de Cascais.

“Carlos Avilez era um apaixonado e incansável homem do teatro. O seu legado na vida cultural portuguesa é imenso, pelo contributo que deu para a modernização teatral do país, desde a fundação do Teatro Experimental de Cascais às produções memoráveis que encenou”, salientou António Costa na mensagem que publicou sua conta na rede social X (antigo Twitter).

Para o primeiro-ministro, Carlos Avilez “será também recordado pela criação da escola profissional de teatro de Cascais, que tantos jovens talentos tem revelado ao longo dos anos”.

“Como é próprio dos mestres, o teatro era, para ele, um espaço de circulação e transmissão entre diversas gerações”, acrescentou.

Carlos Vítor Machado nasceu em 1935 e estreou-se profissionalmente como ator em 1956, na Companhia Amélia Rey Colaço – Robles Monteiro, onde permaneceu até 1963.

Com uma vida dedicada ao teatro, foi um dos fundadores do Teatro Experimental de Cascais (TEC), que completou 58 anos de existência a 13 de novembro último.

Carlos Avilez foi presidente do Instituto de Artes Cénicas, diretor do Teatro Nacional S. João, no Porto, e diretor do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, tendo fundado a Escola Profissional de Teatro de Cascais, a cuja direção pertencia, integrando, também, o corpo docente.

Em 1964, dirigiu o Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), trabalhou com o ator Raúl Solnado no Teatro Villaret, em Lisboa, e em 1970 foi diretor artístico e responsável pelo dia consagrado a Portugal na Expo’70 em Osaka, no Japão.

Em 1979 foi nomeado, juntamente com Amélia Rey Colaço, diretor da Companhia Nacional de Teatro I – Teatro Popular, então sediada no Teatro São Luiz, em Lisboa.

Trabalhou em França com Peter Brook e na Polónia com Jerzi Grotowsky, e, além de teatro, encenou várias óperas entre as quais “Carmen”, “Contos de Hoffmann”, “As Variedades de Proteu”, “O Capote”, “Inês de Castro”, “O Barbeiro de Sevilha” e “Madame Butterfly”.

Foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique em 1995 e com as Medalhas de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Cascais, de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e da Associação 25 de Abril.

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