“A Figueira, sendo uma cidade universitária, é um patamar que permite um nível de futuro completamente diferente”

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FOTO DB/ANA CATARINA FERREIRA

Se o mandato terminasse hoje, qual seria a obra ou a ação que o levava a concluir que tinha valido a pena?
Abrir o campus da Universidade de Coimbra na Figueira da Foz. Aliás, acho que, quando isso aconteceu, referi que o mandato podia terminar ali, porque isso vai ficar. Isso é da responsabilidade da Universidade de Coimbra, mas acho que vai ficar, se Deus quiser, para sempre. Espero conseguir que outras realizações também fiquem. Há outras situações que, com franqueza, não dependem de mim: não quero chamar para mim louros que não tenho, [que] é a convergência dos astros. Os investimentos [anunciados para produção energia em alto mar], que trarão um desenvolvimento acelerado à Figueira, não resultam de mérito meu. Acho que esse [o campus] é o principal. Nem consigo comparar com outro. Posso mudar a entrada da cidade, a saída da cidade, o meio da cidade, fazer estacionamento, recuperar prédios, fazer regeneração urbana, zonas verdes, tratar da erosão costeira, mas a Figueira, sendo uma cidade universitária, é um patamar que permite um nível de futuro completamente diferente.

Quando fez a apresentação da candidatura, no verão de 2021, disse: “Vim para pôr isto na ordem”. E ainda: “Desta vez, não vou deixar dívida”, afirmando que iria recorrer a financiamento europeu e do Estado português. O que é que já pôs na ordem?
Mantenho aquilo que disse: vou fazer tudo para acabar este mandato com equilíbrio orçamental e financeiro. [Quanto a “pôr isto na ordem”], há tanta coisa para pôr. Em primeiro lugar, a velocidade. Não quero dizer que as outras pessoas que estavam antes não trabalhavam, mas cada um tem o seu método de trabalho, a sua cadência, o seu modo de se relacionar. Pôr na ordem alguns desperdícios, ou algumas inações. Temos o Paço de Maiorca e a piscina-mar. Esses são só dois exemplos, mas há muitas situações pelo concelho. Essas foram obras que não andaram, foram deixadas como estavam, que, na minha opinião, configuram um desleixo intolerável, com prejuízos vários. E há outras que eram atentados urbanísticos que duravam há décadas. Quando cá estive da outra vez, demoli o [ex-futuro novo] mercado [municipal], fiz acabar construções que não estavam acabadas. Desta vez, já fizemos uma série de demolições de ruínas às quais as pessoas se habituam, à entrada da cidade, no Jardim Municipal. Também as “freirinhas” e outra junto à rotunda [em Tavarede], que estava há 30 anos. Portanto, o pôr na ordem é também exigir o respeito pela lei.

Entrevista completa nas edições impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS assinaturas@asbeiras.pt

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