As eleições na Turquia são extremamente importantes e terão repercussões internas e externas. No âmbito regional, o resultado das eleições definirá a postura da Turquia em relação à Síria e a sua capacidade de lidar com a crise de refugiados, assim como a relação com países vizinhos, especialmente a Rússia, o que ditará o equilíbrio geopolítica na região. A posição da Turquia na NATO e a sua política de cooperação em segurança com os países ocidentais é um outro aspecto em jogo nesta eleição. Os resultados das eleições deverão moldar a política externa da Turquia e definir a agenda do diálogo com países ocidentais, o que terá consequências no equilíbrio de poder regional e na segurança global. A influência da Turquia no Médio Oriente é inegável, e o resultado destas eleições definirá também a sua postura em conflitos regionais, como os da Líbia e do Iêmen, definindo também a agenda com os países do Golfo. À escala global e no plano económico, as eleições ditarão a abordagem do governo em relação às reformas económicas, abertura e atração de investimento estrangeiro e também a política de diplomacia económica. Investidores e instituições financeiras internacionais aguardam ansiosamente os resultados destas eleições para entender a futura trajetória económica da Turquia. Visto em detalhe, o resultado das eleições tem o poder de alterar o equilíbrio de poder e as alianças na região, afetando as potências globais como Estados Unidos, Rússia e China. As decisões do novo governo turco, seja ele qual for, terão consequências de longo alcance para o cenário geopolítico global. Em suma, estas são eleições locais na Turquia com impactos internos, regionais e globais. Elas moldarão a governança, fortalecerão princípios democráticos, influenciarão conflitos regionais e redefinirão parcerias globais. A comunidade internacional está hoje a fazer o balanço dos resultados e respetivas consequências para a estabilidade global dos próximos anos.