Penela com projeto cultural que se debruça sobre o que é envelhecer ativamente

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“Penela Qual Idade?” vai dinamizar conversas, oficinas, um espetáculo musical do maestro Victorino d’Almeida e uma criação comunitária, num projeto que se estende até setembro para se debruçar sobre o que é envelhecer ativamente.

O programa, coproduzido entre a Companhia da Chanca e a Casa Família Oliveira Guimarães, arrancou em fevereiro e estende-se até setembro, numa iniciativa com o foco nos mais velhos do concelho de Penela, no distrito de Coimbra, mas que quer juntar todas as idades, no palco ou na plateia.

“O desafio surge no seguimento de um apoio em parceria entre a DGArtes [Direção-Geral das Artes] e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para se pensar e agir em torno da arte e do envelhecimento ativo. Refletir sobre este tema tem sido muito natural para nós, dado o contexto que habitamos”, afirmou à agência Lusa Catarina Santana, da Companhia da Chanca, grupo que reside na aldeia de Penela com o mesmo nome e cujo primeiro espetáculo naquele local, “Sítio”, remete precisamente para o primeiro olhar dos criadores sobre aquele território, marcado por uma população dispersa, isolada e envelhecida.

Em fevereiro, decorreram as primeiras atividades, com uma mesa-redonda sobre cidadania e envelhecimento ativo e um espetáculo de teatro de marionetas protagonizado por Delphim Miranda, que voltará ao território para ministrar uma oficina, em 06 de maio, na Quinta das Pontes, no Espinhal.

Neste mês, António Victorino d’Almeida dará dois espetáculos, a 28 e 29, no Auditório Municipal de Penela e na Casa Família Oliveira Guimarães, respetivamente, decorrendo ainda uma mesa-redonda centrada na educação e uma exposição de obras realizadas por alunas e alunos da Universidade Sénior de Penela, CLDS 4G – Penela Inclusiva e da Casa de Beneficência Conselheiro Oliveira Guimarães.

O programa retoma em junho com a apresentação de “Sítio”, da Companhia da Chanca, na Casa da Cultura, no Espinhal.

Nesse mesmo mês, haverá uma exposição e uma oficina da pintora Maria Seruya, centrada no seu projeto “Velhas Bonitonas”, em que procura inspirar mulheres “de todas as idades a aceitarem o seu processo de envelhecimento” com confiança.

Ainda em junho, decorre também uma oficina, aberta a toda a população de Penela, nacional ou estrangeira, dada por Paul Johnson, músico multi-instrumentista que reside na região, e Maria João Serrão, “artista sénior” e que foi cantora do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa, que depois também se apresentarão nesse mês, na Casa de Beneficência Oliveira Guimarães, no Espinhal.

A oficina será também a base para uma criação comunitária a ser apresentada no final de setembro, quer no Espinhal quer na sede de concelho, em que tanto podem participar quem tem “mais de 65, menos de 65 ou 65 anos”.

“A programação é pensada sobre o envelhecimento ativo, mas é feita para todas as idades. Tentamos que as várias gerações se juntem e discutam a questão do envelhecimento, ao mesmo tempo que trazemos alguns artistas com uma idade já avançada, mas que são muito válidos e com muito para dar”, realçou André Louro, da Companhia da Chanca.

Para Catarina Santana, há um cuidado “em garantir que os mais velhos participem, mas não num ambiente exclusivo”.

A Câmara Municipal de Penela, a Junta de Freguesia do Espinhal e CLDS 4G participam e apoiam o projeto.

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