A prática comum de inúmeros políticos pelo mundo para justificar gastos milionários, impor medidas ditatoriais e conduzir ao colapso de muitas instituições durante a pandemia foi a distorção da lei, o incumprimento da constituição.
O objectivo do texto seguinte é usar a luz dos dados disponíveis e demonstrar como estavam errados. Primeiro as fontes do conhecimento. É preciso ter dados para depois perceber o que se está a afirmar.
Pordata https://www.pordata.pt/db/portugal/ambiente+de+consulta/tabela é uma plataforma de dados disponível a todos os cidadãos portugueses e internacionais, como a https://www.euromomo.eu/ permitindo colher informação que temos por clara, impoluta e livre. https://evm.min-saude.pt/ é da DGS e é muito interessante. Além destes dados há documentos incontornáveis que demonstram a importância da má qualidade em saúde que se está a viver em Portugal e na Europa: https://health.ec.europa.eu/system/files/2021-12/2021_chp_pt_portuguese.pdf
Má alimentação, sedentarismo, poluição, excesso de medicação estão relacionadas com a má qualidade de vida de muitos jovens. Ainda assim, os jovens morrem pouco, e morrem muito menos que os idosos.
Na população prisional os jovens são a maioria, com prevalência de gente abaixo de 40 anos. Os dados das plataformas referidas acima permitem a qualquer um comprovar que esta pandemia não teve qualquer impacto na mortalidade abaixo dos 40 anos, não teve qualquer alteração entre o pré o pós vacina, e sobretudo permite reparar que há um pico por esclarecer após Dezembro de 2022.
Ou seja, o facto de a população ser mais nova acarreta muito menos perigo dentro dos presídios, porque a doença poupava de modo claro os mais novos. Já sabíamos isto em Maio de 2020 devido a uma massiva infecção Covid num porta aviões da marinha americana.
https://jornaleconomico.pt/noticias/covid-19-mais-de-10-da-tripulacao-de-um-porta-avioes-americano-esta-infetada-574676. Sabíamos isto em Lisboa quando centenas de migrantes contraíram covid numa pensão em Lisboa e não morreram.
https://www.dn.pt/pais/presidente-da-junta-de-arroios-exige-que-asae-fiscalize-hostel-evacuado-12092353.html
Impedir a visita aos presos de cônjuges não vacinados é um desrespeito da constituição. Uma arbitrariedade é sempre uma prepotência de quem se julga para lá da lei. Em Portugal ninguém é obrigado a vacinar-se, concorde-se ou não! A Direcção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais obrigou a que, para haver contacto, tinham de estar vacinados. Esta regra da DGRSP servia para provar a sua competência num tema: Durante a pandemia eles tinham salvo a população de morrer nos presídios de covid 19. Assim pensa o secretário de Estado da Justiça também. É falso!
O que dizem as estatísticas? Não houve alteração de mortalidade total nas idades abaixo de 40 anos durante a pandemia. Bolas! Então a maior causa de morte nos presídios de Portugal entre 2019 e 2023 em jovens foi de suicídio. Estamos a falar de gente presa à guarda do Estado! A personalidade autoritária (Hannah Arendt) que decide contra a Constituição, que os presos (porque não cumpriram a lei) não podem ter visitas, acha que tem esse direito porque os está a proteger. Tem? Teremos o direito de coartar liberdade em defesa da vida?
Aquando do ataque às torres gémeas muitos sonharam com a coartação de liberdades, muitos quiseram impor medidas draconianas sobre os islâmicos. A democracia resistiu. A liberdade impôs-se às histerias pela defesa da vida. Quando permitimos o discurso sem contraditório e promovemos apenas os que repetem a nossa linguagem, construímos um mundo de autómatos, uma sociedade de religiosos vigiados por vizinhos, apontados e denunciados pelos amigos. Os talibãs governaram o Estado e convenceram o povo de que faziam bem.
Pode ler a opinião de Diogo Cabrita na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS
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