Opinião: Eleições intercalares poderiam clarificar a conjuntura política?

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NÃO
Na verdade, não entendo o que há para clarificar nem a conjuntura política me parece minimamente sombria.
Vejamos. As eleições ditaram que tivéssemos um executivo minoritário, cinco vereadores da oposição no exercício legítimo do seu mandato, que reúnem, pela força dos mecanismos de algo a que chamamos democracia, todas as condições e competências para cumprir a função que os eleitores esperam dos eleitos – representar e defender o conteúdo programático com que se comprometeram e os elegeu.
Neste ano e meio de mandato, esta oposição tem sido transversalmente construtiva, mas naturalmente exigente. Os principais instrumentos de governação e mais relevantes dossiers foram trazidos à discussão, votados e são permanentemente avaliados, na sua execução, pelas bancadas do PS e do PSD. É também a isto que chamamos democracia.
Na sua imperfeição, continua a ser melhor de todos os sistemas, porque se funda na vontade expressa das pessoas e no compromisso dos eleitos para com essa mesma vontade e não para com motivações ou desconfortos pessoais, permanentes ou momentâneos.
No limite, se algo há a clarificar é de onde vem, a espaços, a persistência neste enredo, entre sondagens, afirmações acaloradas sobre eleições intercalares e cenários hipotéticos de demissão do executivo.
Diria que já é tempo de aceitar os resultados de 2021, focar no trabalho autárquico e na equipa que se escolheu para o executar, respeitar a oposição e o seu direito de participação informada na acção municipal, e, já agora, ficar até ao fim.

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