Jovem promessa de Coimbra deixa futebol aos 19 anos por lesão

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Gonçalo Mareco, de 19 anos, considerado uma das promessas do futebol de Coimbra, retirou-se do futebol. Motivo: uma lesão no pé que o atleta tentou aguentar durante dois anos.
30 de julho de 2003. Nasce um menino que viria a dar muitas dores de cabeça às defesas contrárias. Movido pela paixão do pai, que era o futebol, Mareco (como é conhecido) começou a dar os primeiros passos no futebol nas escolinhas do Vigor, em Fala, e a um nível mais a sério apenas aos 12 anos, no escalão de infantis.
O destino foi a Académica/SF. “O clube tinha três equipas no escalão. Fui para a pior. Comecei a marcar golos, num ápice entrei na melhor equipa e inclusiva chamaram-me para atuar no escalão acima (iniciados)”, contou ao DIÁRIO AS BEIRAS.
Posteriormente, o jovem aproveitou a boleia de um treinador que tinha estado no estudantes e foi com ele para o Adémia durante um ano e meio. Voltou a marcar inúmeros golos e as propostas de alguns clubes de Coimbra surgiram. A escolha foi o União 1919.
No clube da Cruz de Santiago, Gonçalo Mareco é um dos jovens que mais golos fez na formação: mais de 100 entre iniciados e juniores.
Salto dos juniores
até aos seniores
Avançado alto e bom tecnicamente, que dava que fazer às defesas. Na época 2020/2021, iniciou-se nos Sub-19. “Foi tudo muito rápido. Tivemos a pandemia e parámos algum tempo. Quando voltámos, fiz dois jogos pelos Sub-19, marquei em ambos e fui chamado para os seniores. Lá também fiz o gosto do pé”, referiu.
Era um bom tónico para a época seguinte, em que o União 1919 participou no Campeonato de Portugal.
Enquanto júnior de segundo ano, foi chamado para a pré-época. No primeiro treino, Gonçalo Mareco sente as primeiras dores.“Após fazer um sprint, senti uma dor no pé. Ao início não sabia da dimensão do problema. Descansei várias semanas, depois tentei treinar e não conseguia. Consultei outros especialistas e percebi que tinha de ser operado”, contou.
Foi-lhe diagonosticado “hallux Valgus” (vulgarmente conhecido por joanete). Foi um processo demorado e custoso: “Tive que esperar para ser operado. A fisioterapia não foi fácil. Toda a gente me dizia para continuar mas sentia que não estava bem”.

Suportou a dor
durante dois anos
Gonçalo Mareco continuou a suportar a dor e foi sendo utilizado pelos seus treinadores em minutos reduzidos. Mesmo assim, foi marcando vários golos e foi chamando a atenção de alguns clubes.
Entre jogos e paragens, devido a esta lesão, o jovem foi aguentando a dor, até esta época. Já no Sourense, o jovem chegou à conclusão de que não dava mais, tendo fechado um ciclo que prometia ser risonho.

Mensagem
para os mais jovens
Esta história, de luta e superação, encerra com uma mensagem que Mareco traduz em discurso direto: “Tem que existir um equilíbrio entre aquilo que mais gostamos de fazer com aquilo que são as nossas obrigações. Se houver um contratempo nesta nossa caminhada no futebol, podemos ficar sem rumo para o resto da nossa vida”.
Mareco pretende agora terminar a licenciatura de Comércio e Relações Internacionais, no ISCAC. E o futebol não sai da vida do jovem: “Gostava de tirar um curso de treinador. Espero que o futebol faça parte da minha vida”.

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