Arquivo/Foto de Jot’Alves
O vereador do PS António Durão assumiu o cargo na sequência da autossuspensão do mandato por parte de Carlos Monteiro, Mafalda Azenha e Nuno Gonçalves, em setembro último e pelo período de um ano. Entretanto, renunciaram ao cargo (ver edição de ontem). Ana Carvalho, independente, foi a primeira a optar pela suspensão e ainda não anunciou a renúncia.
As renúncias em cadeia, provocadas pelas declarações da presidente da Comissão Política Concelhia do PS, Raquel Ferreira, ao DIÁRIO AS BEIRAS (ver edição do dia 14), geraram um choque político. O mesmo havia acontecido com a suspensão dos mandatos dos referidos três ex-vereadores. António Durão garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que não ficou surpreendido.
“Não fiquei surpreendido porque o Carlos Monteiro está no papel que está [membro da administração portuária], e acredito que não seria fácil para ele, por razões profissionais, pessoais e políticas. Por sua vez, o Nuno e a Mafalda estão a trabalhar, e estão bem”, sustentou o autarca independente eleito pelas listas do PS.
Todavia, António Durão considerou que a renúncia dos três ex-autarcas “é uma situação chata”, e explicou porquê: “Porque nenhum de nós, a não a ser Diana [Rodrigues, líder da vereação socialista], tem experiência autárquica”.
António Durão, empresário e professor de programação informática no setor privado, tem sido substituído, nas reuniões de câmara, por João Gentil, que também não tem experiência autárquica. No entanto, Durão garantiu que, a partir de agora, será mais assíduo.
“Não sei o que vai acontecer amanhã”
António Durão garantiu que “já previa regressar com assiduidade em fevereiro ou março, a não ser que o calendário das reuniões de câmara coincida com a agenda profissional”. De resto, salvaguardou que as suas ausências justificam-se com “razões puramente profissionais”.
Quando António Durão tomou posse, conjeturou-se sobre a possibilidade de poder vir a aceitar pelouros delegados pelo presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, do movimento independente FAP. Que, aliás, recentemente, numa reunião de câmara, garantiu que mantém disponibilidade para delegar aquelas funções a autarcas da oposição.
“O meu compromisso, atualmente, é com o PS. Não sei o que vai acontecer amanhã, mas não tenho na minha mente aceitar pelouros. Para já, não tenho nada previsto, mas também ninguém falou comigo sobre o assunto”, afiançou António Durão.
E se o convite surgir? “É uma coisa que terei de falar com o PS, depois vou ponderar e tomarei uma decisão”, respondeu. Contudo, salvaguardou: “Nunca aceitaria um pelouro a tempo inteiro, porque tenho compromissos profissionais”.
