A administração portuária está a refletir sobre a expansão da marina para o Cabedelo, na margem Sul. Este é um assunto que o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, tem vindo a defender, argumentando que, numa extensa faixa costeira atlântica ibérica, incluindo as regiões Norte e Centro portuguesas, não existe uma infraestrutura com dimensões semelhantes àquelas que se encontram no Sul de Portugal e na vizinha Espanha.
“Neste momento, ainda é uma reflexão que vai ter de ser articulada, obviamente, com o Município da Figueira da Foz. Mas há intenções de ver qual é o desenvolvimento que se vai dar à marina. Estamos muito empenhados nisso”, garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS o presidente do conselho de administração da empresa que gere os portos da Figueira da Foz e de Aveiro, Eduardo Feio.
O presidente da administração portuária, ainda a propósito daquela infraestrutura, afirmou que a equipa que lidera está “muito empenhada em potencial ao máximo a dimensão do Porto da Figueira da Foz”. A atual marina, de pequenas dimensões, com categoria de porto de recreio, situado ma margem Norte da cidade, não tem para onde crescer.
A equipa de Eduardo Feio, neste momento, está a estudar a possibilidade de a marina vir a ser expandida para o Cabedelo. Com tamanho e condições adequados a uma infraestrutura que possa fazer da Figueira da Foz uma cidade de referência a nível internacional.
Crescer para Sul
Ao que foi possível apuar, o ministro das Infraestruturas, João Galamba, está ao corrente desta conjugação de vontades do porto e da autarquia figueirenses, esperando-se que o desiderato conjunto chegue a bom porto.
Os imóveis do antigo parque de campismo do Cabedelo, assim como outros que são propriedade da administração portuária, poderão vir a ser integrados na concessão da futura marina, apurou o DIÁRIO AS BEIRAS. Eduardo Feio não confirmou nem desmentiu. “Estamos numa fase ainda muito exploratória”, ressalvou.
Nesta fase em que “ainda é tudo muito preliminar”, frisou ainda Eduardo Feio, o que está a ser abordado é a realização de um “estudo de viabilidade, que passa pela melhoria da marina, a sua ampliação, a sua dimensão e as suas valências”.
Contudo, tendo em conta o reiterado interesse de Santana Lopes e o empenho da administração do Porto da Figueira da Foz, todas as rotas apontam para a expansão da marina para o sul da foz do Mondego. A atual infraestrutura serve de porto de recreio e para atividades desportivas. Encontram-se ali, ainda, amarrados veleiros de vários países.