Empresa adquire antiga Cerâmica de Coja para produção de canábis

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Quatro imóveis, dois urbanos e dois rústicos, que constituíam a antiga Cerâmica Progresso de Coja e que a União de Freguesias de Coja e Barril de Alva adquiriu, em 2015, no âmbito do processo de insolvência da empresa, por cerca de 20 mil euros, foram vendidos à empresa Ecocanna Lda., sedeada no concelho de Arganil, que pretende dedicar-se à indústria de produção de canábis medicinal, destinado à indústria farmacêutica e à exportação.
Foi numa Assembleia de Freguesia Extraordinária da União de Freguesias de Coja e Barril de Alva que foi aprovada, por maioria, a venda dos referidos imóveis, por 90 mil euros, explicando a União de Freguesias, em comunicado, que a empresa que os adquiriu irá efetuar “um investimento entre seis e nove milhões de euros, com a criação de 30 postos de trabalho, podendo chegar aos 100, nas diferentes fases do investimento”.
“O benefício, direto e indireto, que o projeto de investimento traz para a nossa comunidade em muito compensa o diferencial entre o preço de venda e do valor de avaliação”, considera João Tavares, garantindo que “ficam salvaguardados nas condições de venda os interesses da União de Freguesias, caso o projeto de investimento não seja cumprido”.

Criar até 100 postos de trabalho

Dando a conhecer que o empresário pretende também investir numa fábrica de habitações pré-fabricadas, o presidente da União de Freguesias de Coja e Barril de Alva revelou ainda que a proposta do adquirente visa também “a construção de um laboratório para reciclar e “upcycling”, permitindo a utilização de resíduos para a produção de novos produtos”.
Sublinhando que “os projetos em causa preveem a criação de postos de trabalho”, o autarca local clarificou que estão previstos “15 postos de trabalho diretos, no primeiro ano de atividade, atingindo 30 postos de trabalho, no terceiro ano de atividade”, sendo que “o plano de negócios total compreende a potencial criação de 100 postos de trabalho, no futuro”, sublinhou.
A União de Freguesias de Coja e Barril de Alva, informando que os imóveis em causa foram avaliados “no valor global de 285 mil euros”, alegou, contudo, que “os imóveis em causa são objeto reiterado de vandalismo e de despejo não autorizado de detritos, o que constitui um perigo para a população, e estão em ruína parcial e em situação de degradação continuada”.
“A proposta do adquirente tem excecional interesse público dado permitir vitalizar a economia local, recuperar toda a zona envolvente, criar postos de trabalho e, de forma indireta, atrair outros agentes económicos e potenciar a fixação de população empregada, com os consequentes impactos positivos nos restantes agentes económicos da União de Freguesias”, refere-se ainda na proposta que foi apresentada à Assembleia de Freguesia, na qual constam algumas “cláusulas com condições de venda”, entre as quais “o adquirente fica obrigado a dar cumprimento integral do projeto empresarial constante da proposta de aquisição dos imóveis”, atendendo a que “se não cumprir, iniciando a atividade no prazo de cinco anos, a Junta de Freguesia remeterá notificação do incumprimento, com prazo para regularizar a situação”.

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