Três anos de trabalho conjunto de várias entidades e empresas da fileira da floresta resultaram em equipamentos inovadores e novas técnicas de plantação, que ontem foram apresentados na Mata do Braçal, na fronteira dos concelhos da Lousã e Poiares.
Foi a primeira ação de demonstração do projeto colaborativo “rePLANT”, que atua em três grandes áreas: prevenção do fogo, gestão da floresta e economia circular, num investimento de 5,6 milhões de euros, com financiamento comunitário.
Na ação de campo realizada ontem, os participantes observaram ensaios de diversas espécies do pinheiro. Foram apresentados os resultados dos ensaios de diferentes proveniências, utilizadas em programas de melhoramento noutros países, como Austrália, França e Espanha, “mais produtivas e resistentes às alterações climáticas, relevantes para aumentar a rentabilidade dos produtores florestais”, refere a organização.

Contributo da automação e das aplicações digitais
Houve também a oportunidade de conhecer soluções tecnológicas para a recolha de dados dos povoamentos florestais, automação de plantações, aplicações mobile para medição da madeira em pé e em pilha e uma nova alfaia florestal de uma só passagem, com conservação da matéria orgânica, dosagem de adubo e retenção de água. O “rePlant” apresenta, assim, tecnologias para a valorização e defesa da floresta.
As entidades envolvidas são, entre outras, o laboratório colaborativo ForestWISE, Universidade de Coimbra, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Sonae Arauco, REN, Altri Florestal, Amorim Florestal e The Navigator Company.

Desenvolvimento
sustentável
“Dedicámos os últimos três anos ao futuro da floresta e encontrámos soluções que contribuem para o seu desenvolvimento sustentável e para a atividade do setor. São o resultado do melhor conhecimento técnico-científico de entidades empresariais e não empresariais que trabalharam em demonstrações tecnológicas, explicou Carlos Fonseca, diretor tecnológico do ForestWISE.
“Esta é a primeira de várias ações ao longo do ano e que pretendem mostrar os resultados conseguidos pelo projeto mobilizador rePLANT que terá impacto positivo em toda a cadeia, nomeadamente nos prestadores de serviços e nos produtores florestais”, concluiu.