As coletividades de dinâmica cultural de Soure receberam ontem o apoio financeiro da câmara municipal. Ao todo foram 26 as entidades culturais, nas áreas da música, folclore, dança e teatro que receberam financiamento relativo à atividade regular realizada em 2022.
Este ano o apoio dado pelo executivo foi de mais de 145 mil euros. O presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes, fez questão de exigir mais e melhor às direções das coletividades.
“Temos que ter noção que estamos a trabalhar com dinheiro público e, portanto, temos que garantir que é bem aplicado. Nós pedimos muitas coisas quando se candidatam a este fundo, mas temos que ser exigentes no regulamento”, afirmou.
Formar dirigentes
Mário Jorge Nunes esclareceu também que, por parte do executivo municipal, haverá um aliado para ajudar em todas as burocracias.
“É fundamental darmos formação aos dirigentes das coletividades para que saibam utilizar da melhor firma os instrumentos ao seu dispor. Nós queremos criar mecanismos para poder ajudar as coletividades”, assumiu.
Numa cerimónia que encheu os paços do concelho, o edil de Soure pediu que os dirigentes comecem já a pensar no próximo ano.
“Planeiem para o ano de 2024 as necessidades que necessitam de investimento até setembro. Assim conseguimos negociar com tempo para entrar no apoio do próximo ano”, disse.
Primeira vez com saldo líquido negativo
Mário Jorge Nunes esclareceu que o apoio de 145 mil euros é pouco devido à conjetura. O presidente de Soure revelou que, pela primeira vez, a câmara vai apresentar um resultado líquido negativo.
“Para perceberem, este ano, tivemos mais 135 mil euros de despesas com transportes, mais 300 mil euros com energia e mais 300 mil euros com atualizações obrigatórias de salários. Nós temos uma dívida de 3,5 milhões de euros ao banco e um orçamento de 12 milhões”, clarificou.
O presidente concluiu pedindo às coletividades para “este ano gerirem bem o dinheiro”.