José Milhazes, historiador, jornalista e, comentador político da SIC, participou numa palestra, na Escola Secundária de Arganil (ESA).
A sessão, intitulada “À conversa com José Milhazes…”, contou com a presença de alunos e professores, mas também de alguns convidados.
O historiador deu a conhecer a infância na sua terra natal, a aldeia piscatória das Caxinas, mas também a sua decisão de ir estudar História, na Universidade Estatal da Rússia, em 1977, e os 38 anos que viveu nesse país. Revelou ainda que quis ser padre, foi comunista e tradutor e, “por um mero acaso”, foi jornalista.
Sobre a guerra na Ucrânia, José Milhazes garantiu que não vende verdades absolutas, mas procura “sempre aquilo que é melhor”.
“Serão as gerações futuras a limpar a porcaria que vamos deixar, e não é pouca. Terão de trabalhar muito”, acrescentou.
“Esta guerra é entre a ditadura e a democracia”
“É mais do que evidente que nesta guerra há um agressor e um agredido, há um país que tenta impor as suas ideias a um país mais fraco”, declarou.
José Milhazes referiu ainda que “esta guerra é entre a ditadura e as democracias. Não tem qualquer tipo de justificação, (…) é um erro tenebroso que vai sair muito caro à própria Rússia”.
Realçando também que “o presidente da Ucrânia não abandonou o seu povo e salvou-o da humilhação e de uma derrota que Putin pretendia que fosse rápida, não imaginando que o Ocidente ia bater o pé no chão”.