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Em vigor desde sexta-feira, a Rede Nacional de Serviços de Urgência de Psiquiatria da infância e adolescência inclui três equipas de urgência designadas por Norte, Centro e Região de Lisboa e Vale do Tejo, Região do Alentejo e Região do Algarve.
À Lusa, o coordenador nacional das políticas de saúde mental, Miguel Xavier, explicou que o regulamento mantém três pontos de atendimento a nível nacional pois, “atendendo à casuística e à especificidade das situações que requerem atendimento urgente”, este número é considerado “suficiente para cobrir as necessidades do país”.
“Este modelo garante a sequência de cuidados e a segurança dos pacientes, mobilizando recursos para o reforço das respostas programadas de ambulatório. A experiência deste modelo, no Norte tem demonstrado segurança e qualidade no atendimento, replicando modelos e boas práticas usados noutros países europeus”, justificou.
A Urgência de Psiquiatria da infância e adolescência visa situações que não podem aguardar por agendamento programado. No regulamento é sublinhada a importância de recurso prévio à linha SNS24. Em situações de emergência, o contacto deve ser feito para o 112.
Caberá a cada hospital assegurar a constituição das equipas de urgência.

Equipas médicas-tipo

As equipas médicas-tipo devem ser constituídas em função da área abrangida e do histórico de episódios de urgência, sendo complementadas pelos médicos internos de formação especializada de cada instituição.
Em urgências em que exista partilha de recursos médicos de vários hospitais para urgência externa, a distribuição dos serviços pelas equipas deve ser equitativa no número de médicos especialistas e médicos internos.
Em cada turno, o médico mais graduado será o chefe de Equipa de Psiquiatria da infância e adolescência.
Sobre o reforço de profissionais, Miguel Xavier explicou que o objetivo é “reduzir o número de horas de profissionais na urgência para melhorar as respostas programas de ambulatório”.

Encaminhamentos

São referenciados para estas urgências regionais casos encaminhados pelos cuidados de saúde primários, urgência pediátrica, pediatra e psiquiatra da infância e adolescência, bem como mandados de condução para avaliação clínico-psiquiátrica urgente.
Também serão atendidos doentes que recorrem diretamente ao Serviço de Urgência ou através dos serviços de emergência e transferidos após avaliação pela pediatria.
São motivos de avaliação ou transferência sintomatologia psicótica aguda, tentativas de suicídio e/ou situações de risco suicidário, agitações psicomotoras graves e mantidas, com risco para o próprio e para os outros, não atribuíveis a causas orgânicas ou a consumos de fármacos ou de outras substâncias psicoativas.
Somam-se doentes com critérios de gravidade clínica após a vivência de acontecimentos com potencial traumático.