O programador cultural Paulo Pires vai sair da autarquia por razões pessoais. A informação ainda não foi confirmada oficialmente, mas o DIÁRIO AS BEIRAS sabe que ela tem efeitos imediatos.
Refira-se que Paulo Pires entrou no município de Coimbra em junho do ano passado para assumir a chefia da Divisão de Cultura e Promoção Turística da câmara. Em outubro do ano passado, e na sequência da saída de Francisco Paz por motivo de aposentação, passou a acumular a direção do Departamento de Cultura e Turismo com a programação cultural e artística do Convento São Francisco.
Paulo Pires é licenciado em Estudos Portugueses pela Universidade do Algarve. Entre o vasto currículo, destaca-se a experiência como assessor na Direção-Geral das Artes em 2022 e como assessor no Gabinete da ex-Ministra da Cultura, em 2020-2022, no XXII Governo Constitucional, estando envolvido em pastas/temáticas como a Direção-Geral das Artes, as redes culturais (Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses e Rede Portuguesa de Arte Contemporânea), a descentralização de apoios e correção de assimetrias territoriais no plano cultural, o programa Saber Fazer, as orquestras regionais, a revisão do modelo de apoio às artes, o Plano Nacional das Artes, entre outros.
Foi também membro cooptado do Conselho Técnico-Científico da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve entre 2018 e 2020 e exerceu funções de direção artística e programação cultural no Município de Loulé, entre 2015 e 2020, nas áreas das artes performativas, artes visuais e cruzamento disciplinar.
Paulo Pires é orador em múltiplos cursos, seminários e palestras sobre Cultura, Artes, Programação e Mediação, sendo autor de ampla produção escrita (de cariz ensaístico) sobre essas temáticas em jornais, revistas especializadas e suplementos culturais. Escreve regularmente no “Público”/”Ípsilon” e na “Blitz”/”Expresso”.
Foi também coordenador da programação cultural do Município de Silves entre 2008 e 2015, promovendo uma articulação estratégica entre as áreas da cultura, turismo e património. Anteriormente, entre 2005 e 2008, foi mediador cultural e artístico no Município de Loulé e na Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Paulo Pires foi ainda investigador, na área do Património Cultural Imaterial, no Centro de Estudos Ataíde Oliveira da Universidade do Algarve (2003-2004), bem como no Museu do Trajo Algarvio, em São Brás de Alportel, aqui nos campos da Etnografia, Etnomusicologia e Literatura Oral, entre 1997 e 2000.