Opinião: Carnaval

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O ano de 2023 teve início há bem pouco tempo e o calendário vai remarcando dias que se repetem. Dias esses de uma diversidade considerável, de acontecimentos, vivências e de todo um conjunto de situações e matérias, que compõe o nosso quotidiano. São dias e meses carregados de emotividades, festividades, que são, pois, apanágio de algum modo do povo Português. Povo arrojado, conquistador, hospitaleiro, folião e tantos outros adjetivos que nos caracterizam e sobretudo um povo resiliente e devoto.
As festividades essas fazem parte do quotidiano, são variadas, sendo ainda as religiosas expressivas, sentidas, em que os peregrinos fazem romagens, percorrem quilómetros em preces de angústias expressas, ou simplesmente em manifestações de agradecimento à Senhora de Fátima, no lugar de Fátima. Outras há, numa harmoniosa combinação as “festas e romarias” que por este Portugal se vão realizando, principalmente no Verão, em que a música, o som e as luzes, completam a parte religiosa, em honra do Santo do lugar. São, pois, dias de alegria, tanto mais os filhos da terra, os nossos emigrantes numas pequenas férias juntos dos seus familiares, mitigarem saudades. Estas e outros tipos de festividades, feiras, folclore, festivais de música, de gastronomia, passando pelas comemorações regionais, são todas elas motivos de celebrar.
Falemos hoje sobre o Carnaval ou Entrudo. Festa de origem pagã, é festejada sempre à terça-feira, apenas diferindo o dia e daí ser uma festa móvel. Este ano será a 21 de fevereiro, dia feriado facultativo e não sendo, portanto obrigatório.
O Carnaval é, pois, festejado com euforia, crianças e adultos “encarnam” ou se disfarçam de figuras, usando máscaras e trajes coloridos, alguns incríveis e impensáveis até, duma imaginação estrondosa, fazendo inclusivamente sátiras humorísticas, com referência ao estado do país, a políticos, desenhos animados ou simplesmente alguma possível transformação de género.
Estas animações são enraizadas às crianças bem cedo, para além de iniciadas no seio da família, prosseguem com os pequenitos dos Jardins de Infância, que desfilam em grupos, acompanhados pelos demais alunos, das escolas primárias e inclusivamente do secundário. Não esquecendo os Professores e Auxiliares que começam bem cedo a pôr em prática a imaginação para que resultem desfiles espetaculares. Este desfile tem ainda mais impacto nas pequenas cidades e vilas do país.
A seguir à terça-feira de Carnaval, chega a Quarta-Feira de Cinzas iniciando-se o denominado jejum ou abstinência, o tempo da Quaresma!
Relembrar ainda que estes festejos e tantos outros, tiveram um interregno devido à Pandemia do Covid-19, que lamentavelmente roubou liberdades, obrigando a humanidade a viver aprisionada, numa realidade desmesurada.
Então, agora será positivo mantendo os cuidados de saúde primários, sempre acautelados e salvaguardados, dar-se azo à imaginação e festejar-se, pois, o Carnaval.
No “Carnaval, ninguém leva a mal”, brincadeiras, críticas, sátiras, todo um conjunto de prazeres possíveis nesta quadra.
No entanto e apesar desta matéria, saliento ainda e em minha opinião, que todos estes festejos, deveriam ser sem dúvida, regrados com bom senso, não extravasando os limites da tolerância e decência.

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