O parque onde não há barreiras para a brincadeira

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DB/Foto de Pedro Ramos

A União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades (UFESPF) e a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) inauguraram, este sábado, na Urbanização das Chaves, o primeiro parque infantil inclusivo do distrito de Coimbra. Equipamentos dedicados a crianças em cadeira de rodas, ou partilhados, que permitem utilização comum, são fazem agora as delícias dos mais novos, que, nalguns casos, tinham de sair do distrito para poder usufruir de um baloiço.
“O sorriso daquela menina é a resposta fácil” à pergunta “porque tiveram esta ideia”. Luís Correia, presidente da UFESPF, frisou ao DIÁRIO AS BEIRAS que “sempre foi ambição ter uma união de freguesias virada para inclusão e para a parte ambiental”.
“Este parque, quando foi reconstruído, já foi inovador porque era intergeracional. Tinha equipamentos geriátricos e infantis e integrava aqui avós e netos. Mas hoje a legislação já não o permite. Quando olhámos para o espaço e vimos 500m2 de parque começámos logo a pensar em colocar uma plataforma”, recorda.
Neste parque estão colocados “um equipamento que permite que as crianças com mobilidade reduzida possam interagir com as outras”, ainda “equipamentos exclusivos para cadeiras de rodas” e “um dos três baloiços para bebés da cidade, o que faz com que este parque seja a partir dos zero anos”.
Ana Cortez Vaz, vereadora com o pelouro do Desenvolvimento Social, lembrou que Coimbra é “uma cidade e um município que se querem inclusivos, cada vez mais”.
“Todos temos a ganhar com isto. Uma criança crescer a ver a diferença, a respeitar a diferença, e a ver que a diferença em nada tem a ver com o acesso a oportunidades é extraordinário. Com este parque estamos a criar crianças mais justas que serão adultos muito mais justos no futuro”, frisou a edil.
Já Francisco Queirós, vereador eleito pela CDU, destacou “a valorização de um espaço que estava extremamente degradado através da transferência de verbas para as freguesias”. “Tem este carácter importantíssimo de ser inclusivo e é de louvar esta delegação das competências nas freguesias, que é quem está mais próximo dos moradores”.

Sem olhar a números

O parque representou um “investimento por parte da câmara em contratos interadministrativos na ordem dos 63 mil euros mais IVA”, e da UFESPF “a rondar os 15 a 20 mil euros”.
Luís Correia explica que houve “um conjunto de coisas que não conseguimos incluir no projeto” e que, por isso, ficaram a cargo da UFESPF, mas, “a partir do momento em que se iniciou foi andar para a frente”. “Hoje todos ficámos com a lágrima ao canto do olho quando vimos as crianças a utilizá-lo”, destaca.

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