DB/Foto de Ana Catarina Ferreira
O Hotel D. Luís recebeu ontem a sessão de instalação do Conselho Empresarial da Região de Coimbra, que resulta da vontade da Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) em refundar a extinta Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACIC), que em 2023 completaria 160 anos.
A associação passa a ter a denominação de NERC-ACIC – Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC).
A cerimónia contou com a presença de Horácio Pina Prata, presidente da NERC, Victor Baptista, presidente da NERC – ACIC – Conselho Empresarial da Região de Coimbra, de um representante da Associação Industrial Portuguesa e de Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social.
Aderiram já mais de duzentas empresas
Ao Conselho Empresarial da Região de Coimbra associaram-se cerca de duas dezenas de personalidades de várias áreas e mais de 200 empresas.
A ideia é unir estas duas associações empresariais que têm como objetivo promover o tecido empresarial da Região de Coimbra, mas que, segundo Victor Baptista, “no prazo de três meses, apresentar alguns resultados, com um plano de ação e programa, para que Coimbra volte a ter uma voz forte, principalmente as suas empresas, num difícil momento como é aquele que se atravessa”, alegou.
Victor Baptista recordou que a voz da extinta ACIC “era ouvida nos variados fóruns nacionais”, daí o dia de ontem ser “o dia do arranque de um projeto ambicioso” e “aberto a todas as empresas e instituições que nele queiram participar”.
A NERC – ACIC vai definir um conjunto de políticas amigas das empresas, pretende angariar associados e promover o rejuvenescimento da associação, dar resposta às necessidades dos cidadãos, procurar promover e dar vida ao antigo património.
Cerimónia com antigos membros da ACIC
“Este é um dia especial, é um ponto de partida para um movimento aberto, dinâmico e que se pretende que esteja em permanente discussão”, disse Horário Pina Prata, presidente da NERC.
O presidente da NERC, durante o discurso, relembrou as pessoas que fizeram parte da ACIC e que, agora, ajudam a refundar e são parte integrante. “A refundação da ACIC será sempre um movimento perpétuo. Respeitar o passado é também refundar a ACIC”, disse.
Victor Baptista, convidado para assumir a coordenação dos trabalhos, durante a sua intervenção, recordou o papel da ACIC desde a sua fundação e a importância que poderá ter para o futuro desenvolvimento da Região de Coimbra.
Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal assumiu, também, que este “é um momento importante pelo facto de estarmos a assistir ao ressurgimento de uma associação histórica”.
Presença mais ativa na vida nacional do país
O encerramento da sessão ficou a cargo de Francisco Assis, presidente do Conselho Económico e Social que deu palavras de felicitação e incentivo ao projeto mostrando que há necessidade de “a região de Coimbra ter uma presença mais ativa na vida nacional, para que o país não viva apenas entre duas grandes áreas metropolitanas”.
“Coimbra é talvez um dos exemplos de uma região que pode e deve ter uma presença mais ativa na vida nacional. É também, para mim, um pouco misterioso que Coimbra não tenha uma intervenção maior na vida nacional”, referiu Francisco Assis.
O presidente do Conselho Económico e Social defendeu ainda que “todas as políticas nacionais ganharão se a voz de Coimbra se fizer ouvir mais intensamente, disso não tenho a mais pequena dúvida. Não é só do interesse de Coimbra, é do interesse do país, que Coimbra tenha uma voz mais ativa na vida nacional”.
Ao longo da sua intervenção, o presidente do Conselho Económico e Social evidenciou ainda que, para tal, toda a região de Coimbra deve estar articulada.
Neste sentido, Victor Baptista, vincou a importância de Coimbra e dos seus empresários voltarem a ter “uma voz forte”, seja a nível nacional ou regional.
