Figueira da Foz: Tubo para transporte de areia soldado no molhe Norte

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DB/Foto de Jot’Alves

O tubo que será utilizado na recarga da Praia da Cova com 100 mil metros cúbicos de areia está a ser soldado no molhe Norte. Como o DIÁRIO AS BEIRAS avançou, o equipamento, que será ligado a uma draga, a partir da qual injeta inertes naquela zona severamente afetada pela erosão costeira, tem 900 metros de comprimento e 60 centímetros de diâmetro.
Este sistema, recorde-se, já foi aplicado, há cerca de três anos, no âmbito de uma parceria da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) com o Porto Comercial da Figueira da Foz e a Câmara da Figueira da Foz. Esta é a primeira de duas empreitadas lançadas pelo organismo do Estado para o reequilíbrio sedimentar das praias do Sul, cujo orçamento ronda um milhão de euros.
Na fase seguinte, que deverá arrancar em 2024, serão transferidos três milhões de metros cúbicos de areia, de norte para sul da barra, tendo um orçamento de 22 milhões de euros.
As medidas anunciadas pela APA incluem, também, a instalação de um sistema mecânico fixo de transposição de areia (“bypass”), tendo a mesma finalidade, isto é, mitigar os efeitos da erosão costeira.
Sistema
permanente até 2030
O “bypass” é uma solução que o movimento cívico SOS Cabedelo vem preconizando há mais de 10 anos, acabando por ser incluída nos estudos sobre a proteção da costa da Figueira da Foz e no plano de investimentos da APA para o combate à erosão costeira na mesma faixa do litoral. De acordo com o cronograma daquela agência do Estado, o sistema mecânico deverá ser instalado até 2030.
Segundo a APA, o “bypass” é a melhor e a mais barata solução para combater a erosão costeira e repor o equilíbrio sedimentar entre as duas margens da barra, o que também inclui a redução do extenso areal urbano. De acordo com as atuais estimativas, a instalação do sistema mecânico permanente custará 72 milhões de euros, investimento que poderá ser amortizado em 10 anos.
Na Figueira da Foz, a expetativa em relação às medidas de combate à erosão costeira e às obras de aprofundamento da barra e do canal de navegação do porto comercial é do tamanho da incerteza, já que estas empreitadas foram adiadas em diversas ocasiões.

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