O gestor Fernando Pereira, militante da Concelhia de Montemor-o-Velho, vai concorrer às eleições para presidente da Federação Distrital de Coimbra do PS, agendadas para 25 de março. Tem como adversário, como se esperava, João Portugal, que passou de opositor a apoiante de Nuno Moita e foi o seu “número dois” nas últimas eleições.
O sufrágio, no PS, tem caráter extraordinário e acontece devido à demissão do autarca de Condeixa, condenado a pena suspensa de quatro anos de prisão, por favorecimento de empresas quando era vice-presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ).
Na sequência da demissão, tanto o presidente da mesa da Comissão Política de Federação, Pedro Coimbra, como o vice-presidente da Federação, João Portugal, defenderam publicamente a restrição do processo à eleição do presidente, no entendimento de que se trata de um cargo autónomo – o único que está vago.
Em sentido contrário, o antigo deputado Victor Baptista, que concorreu e perdeu para Moita, em novembro último, sustentou a tese de eleições alargadas a delegados.
Na última sexta-feira, em reunião da Comissão Política, vingou a opção pela eleição uninominal. Victor Baptista escolheu não voltar a candidatar-se. Mas, logo na altura, manifestou total discordância com a opção e anunciou a intenção de impugnar a decisão.
Ontem, entretanto, ficou a saber-se que, para a eleição uninominal, João Portugal vai ter contendor: Fernando Pereira, gestor e empresário, residente em Pereira que, ainda recentemente, apresentou uma detalhada exposição ao DCIAP de factos ocorridos na última eleição para a Concelhia de Montemor-o-Velho e que, na sua ótica, violam os Estatutos do PS.