Coimbra não vai receber a superespecial do Rali de Portugal, que estava prevista para 11 de maio, afirmou ontem o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, durante a reunião da Assembleia Municipal de Coimbra.

“Gostaríamos de a fazer, mas, de facto, nesta altura, não há dinheiro para tudo aquilo que gostaríamos de fazer”, afirmou o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra.

No final da assembleia, em declarações aos jornalistas, José Manuel Silva disse que as consequências da Guerra da Ucrânia tiveram um forte impacto nos cofres da autarquia, que se traduziu num corte de 12 milhões de euros no orçamento dos últimos dois anos.

Considerando “uma pena” o município não poder fazer também a superespecial prevista, o autarca realçou que “não há dinheiro em nenhuma câmara nacional para fazer tudo o que gostariam de fazer neste momento”.

Apesar de não receber a superespecial, o Rali de Portugal arranca de Coimbra, como estava previsto.

“O financiamento para essa partida está garantido, não temos é financiamento para a superespecial. Se alguma entidade entender financiar a superespecial e a associar-se a ela, nós temos todo o gosto em receber. Mas de facto não temos neste momento capacidade financeira. Seria algo que nós gostaríamos de retomar para o futuro, mas isso dependerá, obviamente, das condições financeiras”, adiantou.

A responder a uma pergunta do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) sobre o custo dos concertos Coldplay no Estádio Cidade de Coimbra, José Manuel Silva esclareceu que o investimento municipal para “os quatro concertos dos Coldplay [a 17,18, 20 e 21 de maio] será divulgado a seu tempo”.

“Posso dizer que os quatro concertos dos Coldplay ficam mais baratos do que a superespecial do Rali e traz mais gente e tem mais impacto mundial”, frisou.

O Rali de Portugal, que vai realizar-se de 11 a 14 de maio, será a 5.ª etapa do campeonato do mundo de ralis (WRC) de 2023.