O Fundo Municipal de Emergência Social (FMES) apoiou, em 2022, 749 famílias residentes no concelho de Coimbra. Entre os agregados familiares apoiados, 338 tinham crianças a cargo e 90 eram constituídos apenas por pessoas com 65 ou mais anos.
Os dados constam do relatório de Execução do Fundo Municipal de Emergência Social (FMES) relativo ao ano passado, que é apresentado esta tarde na reunião do executivo camarário. De acordo com o documento, o maior volume de famílias apoiadas residia na União de Freguesia (UF) de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, seguido da UF de Coimbra, UF de Santa Clara e Castelo Viegas e UF de Eiras e São Paulo de Frades.
A grande fatia das ajudas concedidas destinou-se à aquisição de bens alimentares, seguindo-se o pagamento de rendas, faturas de luz e de faturas de água. Estes apoios ocorreram num período pós-pandemia em que muitas famílias continuaram a confrontar-se com a impossibilidade de terem acesso a bens, serviços e a condições básicas fundamentais, “que lhes assegurassem as condições mínimas de vida com dignidade”.
Refira-se que, em 2022, o Município de Coimbra acolheu também “largas dezenas de agregados familiares refugiados provenientes da Ucrânia”.
“Além do impacto que o FMES teve no apoio às famílias residentes no concelho, destaca-se também o papel fulcral no apoio, sobretudo no âmbito do processo de acompanhamento e autonomização de refugiados acolhidos no Município”, pode ler-se no documento.
A política social do município assenta, em grande parte, na intervenção das 18 Comissões Sociais de Freguesia (CSF) e nas instituições sociais, por serem as estruturas de mais proximidade e que melhor identificam e conhecem pessoas em situação de maior carência e vulnerabilidade. Foi essa, aliás, a razão que justificou a criação, em 2015, de um FMES na área territorial de todas as freguesias e uniões de freguesias do concelho, que tem vindo a revelar-se, de acordo com a autarquia, um “instrumento ativo no combate à pobreza e à exclusão social.”