Santana Lopes manda fazer auditoria à dívida

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Arquivo/Foto de Jot’Alves

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, vai mandar fazer uma auditoria externa “evolutiva” à dívida do município, desde dezembro de 1997 até setembro de 2021. O orçamento para a análise financeira foi solicitado às  consultoras PWC, Ernst & Young e Deloitte.

Deste modo, Santana Lopes cumpre uma promessa eleitoral. O autarca defendeu, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que este assunto deve ser devidamente esclarecido.
A dívida da Câmara da Figueira da Foz tem sido utilizada como arma de arremesso político entre o PS e o PSD. Entre 1997 e 2009, foram os social-democratas que governaram o concelho, com um mandato autárquico de Santana Lopes e dois de Duarte Silva (já falecido). Em 2011, o município recorreu a um Plano de Saneamento Financeiro. Neste momento, a maior parte da dívida está saldada.
Quando os socialistas regressaram ao poder, encontraram uma dívida de cerca de 90 milhões de euros, com as dívidas das empresas municipais incluídas. Contudo, o último presidente da câmara do PS, Carlos Monteiro, nas suas intervenções sobre o assunto, ressalvava que a maior parte reportava-se aos mandatos de Duarte Silva.
“Tentei apurar [os valores da dívida] internamente, pedi documentos, para pouparmos dinheiro ao município. Confesso que não ficámos esclarecidos. Portanto, vamos ter de fazer uma auditoria externa à evolução da dívida, desde 1998”, adiantou Santana Lopes ao DIÁRIO AS BEIRAS.
“Quando saí [em 2002], eram 30 milhões; quando acabaram os mandatos de Duarte Silva, eram 90 milhões. Quero que tudo isso fique escrito. Quero isso esclarecido. Foi prometido antes das eleições e não quero perder mais tempo”, rematou. O presidente da Câmara da Figueira da Foz voltou a conquistar o cargo nas Eleições Autárquicas de setembro de 2021, desta vez como cabeça de lista do movimento independente Figueira A Primeira.

Encomendado estudo de opinião

Entretanto, o executivo camarário da Figueira da Foz encomendou um estudo de opinião sobre “alguns temas de interesse para o concelho”. Santana Lopes adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que esta decisão foi tomada na sequência das dúvidas lançadas pela oposição sobre a aquisição do Cabo Mondego.
Indagado pelo DIÁRIO AS BEIRAS acerca dos assuntos abordados, Santana Lopes afirmou que o estudo destina-se a aferir aquilo que os munícipes pensam sobre as prioridades para as freguesias e para o concelho.
O estudo, disse ainda o autarca, também indaga sobre a importância do Campus da Universidade de Coimbra, a compra do Cabo Mondego ou como correu o verão. Pergunta, ainda, que avaliação fazem os inquiridos sobre o primeiro ano de mandato do presidente da câmara. “São estudos de opinião costumeiros para avaliação do trabalho. A câmara não encomendou sondagens sobre intenções de voto. É uma sondagem qualitativa”, afirmou Santana Lopes.

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