O chão não é um cinzeiro, mas há ainda muitos fumadores que não colocam as beatas dos cigarros no lixo ou no cinzeiro. No sábado à tarde, por exemplo, numa ação de recolha que decorreu na rua Larga (Universidade Coimbra), foram recolhidas 2.280 beatas.
A iniciativa, promovida pela Quercus – Núcleo Regional de Coimbra, em parceria com a Associação BioLiving, decorreu no âmbito do Dia Mundial da Educação Ambiental (que se comemora no dia 26 de janeiro). O que se pretende foi, precisamente, alertar sensibilizar para a problemática ambiental dos filtros de cigarros que são descartados em variados locais provocando efeitos negativos na qualidade da água e no equilíbrio dos ecossistemas.
“As beatas de cigarro são uma das principais causas de poluição ambiental em todo mundo. E é notoriamente grave em Portugal. Poucos saberão, por exemplo, que basta uma beata no chão para contaminar um metro quadrados de solo”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS, Ana Cristina Rufino, da Quercus.
A importância de “transformar hábitos”
A iniciativa deste sábado foi também o arranque do projeto (-) Beatas em parceria com a Associação BioLiving e que visa, entre outras iniciativas, realizar, com alguma regularidade, ações de recolha, e sensibilizar as pessoas e as entidades para a importância de “transformar hábitos”.
Ana Cristina Rufino, que é também coordenadora do Projeto (-) Beatas, lembra que os filtros são uma das maiores fontes de lixo. E grave, também, é o facto de cerca 80% do lixo que vai parar ao mar é atirado para o chão em terra. Por isso, esse é talvez o principal objetivo da campanha: “consciencializar as pessoas, em especial nos fumadores, para a proteção do ambiente e dos oceanos”, referiu a responsável.