Queixas de falta de financiamento no aniversário dos Bombeiros de Coja

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“Subfinanciamento por parte do Estado” e “crise do voluntariado” foram as debilidades diagnosticadas pelos agentes da Proteção Civil que estiveram presentes nas comemorações do 60.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coja, que decorreram no domingo.
Perante este quadro, dirigindo-se ao presidente da Câmara Municipal de Arganil, o presidente dos Bombeiros Voluntários de Coja, Paulo Silva, disse: “Quero crer, senhor presidente, que não vai regatear esforços para que, juntos, consigamos dotar os nossos bombeiros de instalações e equipamentos dignos do seu estatuto”. Mesmo assim, reconheceu que o único apoio público são 11 mil euros da Câmara Municipal de Arganil”.
Por outro lado, manifestou “desagrado” com o sistema de financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros, contando que, “do fundo de financiamento permanente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a associação recebe cerca de 50 mil euros por ano, mas paga cerca de 55 mil euros de TSU (Taxa Social Única) para a Segurança Social”.
Quanto à frota automóvel afeta à Proteção Civil, Paulo Silva sinalizou que as viaturas de desencarceramento, de resgate de grande ângulo e para espalhar sal e limpeza de neve “encontram-se totalmente desajustadas, quer seja pela idade (média de 35 anos) ou pelos equipamentos que carecem de urgente substituição”.

Resposta da autarquia

Respondendo ao presidente da direção dos Bombeiros de Coja, o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, declarou que, “nos últimos cinco anos, fizemos um esforço financeiro de alocação de recursos financeiros às associações humanitárias, que é sensivelmente equivalente ao apoio concedido nos pretéritos 15 anos”. Garantindo que “este compromisso existe e é para continuar e aprofundar, dentro das disponibilidades da autarquia”, o autarca concluiu que “todos sabemos onde está a responsabilidade do financiamento dos corpos de bombeiros, é imprescindível que o Estado, o Governo, tenha a coragem de revisitar o seu modelo de financiamento”.

As reivindicações do comandante

O comandante dos Voluntários de Coja, Hugo Almeida, solicitou o reforço da operacionalidade, “com a aquisição de uma viatura que possa atuar em ocorrências de salvamento e desencarceramento e de combate a incêndios urbanos e industriais”, acrescentando a necessidade de substituição de equipamentos de proteção individual, designadamente fatos e botas de combate a incêndios urbanos e de respiração autónoma (ARICAS), entre outros.
Por outro lado, as comemorações incluiram a bênção de sete novas viaturas, designadamente um veículo de comando tático, um veículo de transporte de doentes, duas ambulâncias de transporte múltiplo, duas ambulâncias de socorro e um veículo ligeiro de combate a incêndios, para além da primeira ambulância de socorro dos Bombeiros de Coja, designada de “Skodinha”, que foi restaurada.

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