Opinião: O município deve sair da ERSUC?

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NÃO
Defendendo a importância de actuar face ao aumento desproporcionado de custos observado, ousaria dizer que esta questão ultrapassa a capacidade de análise francamente condicionada aos dados de que dispomos hoje, já que a breve abordagem, em Reunião de Câmara, nos trouxe mais lamentos e interrogações e menos sinais de tomada de posição ou soluções alternativas viáveis.
O aumento do esforço financeiro é um ponto de partida válido, e até partilhado por outros municípios, para a discussão, mas não deixa de parecer prematuro, ousaria dizer à medida da manchete, um certo erguer de bandeira. A discussão é mais profunda – existem condições para que o Município deixe a ERSUC? Estão criadas as alternativas para que se assegure, por meios próprios, o tratamento dos resíduos sólidos do concelho?
Ousaria afirmar que a autossuficiência estaria mais próxima tivesse sido prosseguido o projeto de recolha seletiva dos resíduos orgânicos biodegradáveis, aprovado em 2021, que previa, em 2023, plena implementação e funcionamento desta recolha.
Não ouso a imprudência de uma resposta definitiva a esta questão, ouso a reflexão sobre o que tem sido feito no domínio dos biorresíduos e reciclagem, sobre alternativas, sobre a capacidade do Município para a autogestão dos resíduos, sobre boas práticas diferenciadas como o sistema produtor-pagador. Uma reflexão alargada, como se quer, que preceda uma rigorosa tomada de posição pelos e nos órgãos competentes.

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