Opinião: Nuno Moita, a solidariedade merecida

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Para quem acredita que o dia 13, sexta-feira, é dia de “galipanço”, está “feito o pé de galo”!

Como é uso dizer-se, “eu não acredito em bruxas, mas lá que as há…há!

O Partido Socialista vive um dos piores períodos da sua história. Mas não é o único, porque os partidos chamados do “arco do poder” não estão melhor.

A continuar assim, os partidos populistas de direita e extrema direita, terão terreno fértil para se desenvolver.

Trump e Bolsonaro foram derrotados em toda a linha. Analfabetos funcionais, frustrados, gente de mal fazer, péssimos líderes e piores governantes. Atributos de que nem todos se podem regozijar. Um bom exemplo para todo o mundo, no qual ainda falta derrotar alguns líderes mundiais, do qual resulta como urgente Vladimir Putin, desde que um ainda pior não entre na cena.

Mas recoloquemo-nos em Portugal e em Coimbra.

Nuno Moita foi condenado. E como condenado, apesar de poder suspender o seu mandato conforme o seu secretariado propôs, decidiu pedir a demissão de Presidente da Federação de Coimbra.

Uma atitude louvável de quem se assumiu desde sempre como cidadão impoluto – o juiz Carlos Alexandre assim o entendeu – mas que não foi o entendimento em julgamento.

Sem querer beliscar a justiça e os seus representantes, é preciso que todos saibamos que existem muitos pareceres sobre o mesmo assunto. E como pareceres, muitas decisões também diferentes.

Há um somatório de “casos e casinhos” ao longe destas últimas semanas que naturalmente nos enfurecem, só a alguns, porque praticados por pessoas que deveriam cuidar e acautelar a “coisa pública”!

Mas o elevado som, a palraria e sobretudo o chilrear de alguns pretensos analistas, comentadores e líderes de opinião, podem atirar o país, se lhes for dada maior importância do que têm, para um discurso populista e anti-democrático de forças que ainda não atingiram a maioridade para poderem governar!

Quando, e se tal vier a acontecer – esperemos que não – calarão por cobardia o “ó da guarda” – porque se acaba a fanfarronice. Mas pior, poder-se-ão vender por um prato de lentilhas – “manda quem pode, obedece quem deve”!

O Partido Socialista Coimbra deverá interiorizar que vive um mau momento – nos últimos anos nunca viveu um bom! – porque, quando se perdiam eleições, como as autárquicas, a culpa era da conjuntura nacional e, quando se ganhavam, era o Presidente da Federação e os seus apoiantes que ganhavam.

Este sempre foi o mesmo discurso, de todos os tempos. Não é agora. É de sempre, reforço!

Por isso, está na hora de mudar. Mudar de discurso, mudar de metodologia de trabalho, unir para reforçar. Mas para tanto, não podem ser os mesmos de antanho, que não conseguiram deixar um rasto de competência – local e distrital – nem discurso de competência.

Os eleitores do PS não são só os militantes. Os eleitores do PS olham para cada um dos militantes e seus dirigentes para perceber se poderão confiar, mais do que nas palavras, nos actos.

E quem há bem pouco tempo foi derrotado em toda a linha, deveria “recolher a penates”, fazer uma auto-avaliação, perceber onde errou, mudar, fazer “uma saudável travessia no deserto” e regressar com mais força e melhores e aprofundadas convicções!

O Nuno Moita terá sempre a minha amizade e solidariedade, porque é nos momentos difíceis que se deverão traduzir em actos.

 

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