Opinião: As obras no polo da saúde justificam os constrangimentos de circulação automóvel?

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NÃO
Não há justificação para o caos generalizado na circulação em toda a cidade e o mega estaleiro que é hoje Coimbra e que transformou qualquer deslocação trivial num verdadeiro pesadelo.
Qualquer obra desta magnitude implica constrangimentos na circulação automóvel. Essa não é, contudo, a questão principal. O essencial, nas obras do polo da saúde, incluindo as intervenções do metrobus na zona dos hospitais, é a garantia de acessos rápidos aos cuidados de saúde e de circulação numa zona problemática e que não estão a ser assegurados. Basta atentar nas longas filas de veículos que demoram mais do que o aceitável a chegar a um hospital central com uma área de influência suprarregional.
Em termos de circulação automóvel, o maior problema que se vive hoje reside nas perturbações constantes em todos os acessos à cidade, com frentes de obra, alterações, supressão de vias e cortes de trânsito simultâneos em todas as entradas em Coimbra, sem outras opções, levantando sérias dúvidas sobre a capacidade do atual Executivo de coordenar globalmente as intervenções no espaço público. Tudo isto convive com a indiferença de um Executivo que, há muito, sabia dos constrangimentos e não preparou convenientemente um plano de alternativas.
Seria cómico, se não fosse trágico, já que se trata do mesmo Executivo que, em campanha, prometeu “intervir rapidamente para resolver alguns dos pontos de congestionamento que permitem soluções rápidas, como a rotunda do Almegue e, em articulação com os CHUC, resolver em definitivo o problema das acessibilidades aos HUC”. Mais uma promessa falhada.

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