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Depois de ter realizado um estudo de qualidade de serviço das redes móveis da MEO, NOS e Vodafone, a Autoridade Nacional das Comunicações (ANACOM) concluiu que o concelho de Góis é o que apresenta “a pior rede móvel no país”.
O referido estudo – assim como a situação das redes fixas de alta velocidade e as suas perspetivas de desenvolvimento – foi apresentado, na passada sexta-feira, por Fábio Silva e Patrícia Gonçalves, onde se ficou a saber que Góis tem um total de 2.150 alojamentos familiares com áreas brancas.
João Cadete de Matos, presidente da ANACOM, adiantou que, perante o cenário do país, “será lançado um concurso público internacional para fazer uma cobertura total em três anos”. “No primeiro ano, o objetivo é ter 50 por cento das áreas brancas cobertas, no ano seguinte, 80 por cento e, no terceiro ano, 100 por cento, ou seja, todas as casas em Portugal estarem cobertas por fibra ótica”, revelou, sublinhando que este investimento deverá ser feito através de fundos europeus.

Presidente da câmara confia no estudo

Congratulando-se com este anúncio, o presidente da câmara, Rui Sampaio, afirmou que, “finalmente, vemos que estão a ser dados alguns passos num sentido positivo”, sublinhou que se trata de um estudo “que tem prazos, que tem obrigações, que tem metas para serem alcançadas num limite temporal curto, sendo que, no primeiro ano, obriga logo a uma percentagem elevada do que é a melhoria do acesso à rede móvel e fixa”.
O autarca constatou que as dificuldades nas comunicações são “um obstáculo ao investimento, ao desenvolvimento do nosso concelho e à fixação de pessoas e de empresas”.
Exemplificando que “durante a pandemia, as pessoas depararam-se com a dificuldade de trabalhar em casa e tiveram que arranjar diversas estratégias para poderem fazê-lo, escolhendo um local onde o acesso à rede fosse possível”, o edil informou que está em processo de licenciamento a construção de quatro torres no concelho de Góis “transversais a todas as operadoras”.