O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) vai ampliar o Serviço de Esterilização, considerada “uma obra complementar” ao Bloco Operatório. “Com este investimento, pretende-se ampliar e requalificar o atual serviço, criando acessos bidirecionais de segurança e assepsia entre ambos”, defendeu a administração do hospital, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS.
A ampliação, acrescentou, pretende “solucionar as limitações estruturais existentes no Serviço de Esterilização e garantir uma resposta adequada aos serviços utilizadores, evitando a interrupção dos serviços e potenciando o funcionamento da atividade hospitalar”. Por outro lado, “vai conseguir reforçar o aumento da capacidade da resposta do Bloco Operatório em tempo cirúrgico”.
“Na prática”, realçou ainda o conselho de administração, liderado por Ana Raquel dos Santos, “o serviço em causa vai conseguir esterilizar todo o instrumental envolvido numa cirurgia de uma forma mais rápida e, consequentemente, potenciar o número de cirurgias a realizar de uma mesma tipologia”.
Sistema informático para rastrear esterilização
Aquelas obras permitirão, ainda, “tornar o serviço compatível com as boas práticas de hoje, porque são áreas que têm uma evolução muito rápida e o serviço não era intervencionado há muitos anos”.
O HDFF irá, ainda, aplicar a rastreabilidade do circuito de esterilização, que se caracteriza por uma gestão integrada de todos os processos. A instalação de software para aquele fim permite “uma maior consistência da informação” e apurar, em tempo real, a “identificação do produto esterilizado, a sua localização e a previsibilidade de entrega e retoma”.
“Este projeto ajudará a elevar os padrões de produtividade e segurança do processo de esterilização, garantindo o aumento da capacidade de esterilização de acordo com as necessidades do hospital”, garantiu a administração.
Plataforma em rede pioneira
Como o DIÁRIO AS BEIRAS adiantou recentemente, o HDFF vai construir uma nova ala, destinada a uma Unidade de Convalescença, com 20 camas, e ao novo Hospital de Dia. O plano de investimentos inclui, também, a ampliação e a melhoria das infraestruturas do Centro de Responsabilidade Integrado de Ortopedia e Especialidades Cirúrgicas, com a reconversão dos atuais refeitórios e sala de secretariado clínico em enfermarias dedicadas ao internamento convencional e à cirurgia de ambulatório.
Por sua vez, o Port@l Clínico (Portal Clínico-Social de Cuidados) “pretende desenvolver um sistema de informação pioneiro assente numa plataforma tecnológica de sinalização e partilha de informação de estados de saúde, de funcionalidade e avaliação de necessidades sociais com outras entidades que podem ter influência na evolução clínica, primando pela autonomia e capacitação” do doente.
“Subjacente à criação desta plataforma esteve a necessidade do HDFF centrar a prestação de serviços públicos de saúde e sociais no cidadão/utente, dotando todos os prestadores de cuidados (hospital, Cuidados de Saúde Primários, câmara municipal, juntas de freguesia, casas do povo e instituições de solidariedade) da informação necessária em tempo real”, frisou o conselho de administração do HDFF. A plataforma estará disponível em diversas instituições de saúde e sociais, “permitindo uma resposta global às necessidades do doente”.