A comemorar um ano desde que foi empossada, a Comissão de Trabalhadores da Universidade de Coimbra (CTUC) tem em mãos uma série de projetos que pretende concretizar já nos próximos meses. Um deles é a criação de um cartão para antigos funcionários da UC.
“Um trabalhador, quando deixa a universidade, deixa de ter qualquer vínculo à instituição. Queremos que esses vínculos se mantenham e que, após a saída do trabalhador, haja algo que o identifique como uma pessoa ligada à comunidade universitária”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS António Trindade, coordenador da CTUC.
A medida será anunciada hoje, durante a Assembleia Geral de Trabalhadores, que se realiza a partir das 14H30, no auditório da Reitoria. Durante o encontro – que marca o primeiro ano de existência do órgão –, será apreciada a atividade realizada em 2022 e serão também apresentadas propostas de iniciativas a desenvolver durante o próximo ano.
“Voz ativa dos trabalhadores”
Outra das medidas previstas é a criação de canais de contacto “mais diretos” que permitam uma aproximação dos trabalhadores à comissão. Desde que foi criada, a CTUC elaborou 14 pareceres, que resultaram, sobretudo, de pedidos que o órgão foi recebendo via e-mail.
“Muitas vezes há necessidade de haver atendimentos presenciais e, portanto, vamos funcionar primeiro por marcação e depois, se se justificar, podemos ter um atendimento mais regular, na perspetiva de atender os trabalhadores e de os ouvir”, disse, por sua vez, Filipe Rocha, 1.º secretário.
Outra prioridade é a elaboração de um regulamento de teletrabalho para o corpo técnico da UC, de modo, também, a garantir a conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar.
“Neste momento estão a ser ouvidas as subcomissões (que servem de “elo de ligação” às unidades orgânicas de ensino e investigação) para ser criado um documento básico, que será objeto de apreciação. Depois de elaborada a versão final, o documento será entregue, em março ou abril, à reitoria”, adiantou António Trindade.
A comissão surgiu da necessidade de criar um órgão que fosse uma voz ativa dos trabalhadores, de todos os corpos, junto da equipa reitoral.
É que, de acordo com Filipe Rocha, “não obstante haver a representação dos trabalhadores no Conselho Geral e no Senado, estes acabam por ser órgãos mais de definição de política estratégica da universidade e não tanto para a resolução dos assuntos do dia a dia dos trabalhadores”.
Contribuir para a resolução das situações de precariedade laboral “ainda existentes” e para a definição de soluções que permitam resolver situações de lacunas de recursos humanos, incluindo a abertura de concursos para as diversas carreiras, e contribuir para uma maior valorização profissional e reconhecimento dos trabalhadores são outros objetivos do órgão que representa mais de três mil trabalhadores, entre docentes, técnicos e investigadores.