Alana Matias e Martim Pascoal representam Portugal no Meeting Internacional da Póvoa de Varzim

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António Martins e Alana Matias

 

Alana Matias, de 13 anos, reforçou, esta época, o União 1919. Em 2022 venceu os 200m bruços no Campeonato Nacional de Infantis de Piscina Longa, em Famalicão, o que lhe valeu esta chamada.

“Estou na água desde cerca dos meus três anos, mas a a paixão pela competição começou aos 10 ou 11 anos, no Eirense, e tenho de agradecer a uma pessoa muito especial, o Marco, que foi o treinador que me deu as bases e me ajudou imenso”, contou, ao DIÁRIO AS BEIRAS.

A primeira medalha nunca se esquece. “Foi num torneio de categorias. Era a medalha de participação, mas teve um significado muito especial”, admite.

Representar a seleção “é o sonho de qualquer atleta”. “Ainda por cima num meeting internacional…”, frisa Alana.

A jovem venceu a prova dos 200 bruços, mas o seu estilo preferido “é, sem dúvida, crawl”. “Também gosto de mariposa, mas é uma relação de amor-ódio”, acrescenta.

Ídolo? “Sem dúvida o Diogo Ribeiro”, curiosamente, ex-atleta do seu atual clube, o União 1919.

Quando ao futuro, Alana Matias diz não pensar muit, “mas sim em trabalhar no presente para os objetivos”. “Claro que tenho objetivos. Quero é trabalhar para os atingir… Mas gostava de estar em mundiais… campeonatos grandiosos. E trabalho para isso, porque sei que é precisa muita dedicação”, destaca.

“Tem capacidades e pode desenvolvê-las”

António Martinho, o treinador de Alana Matias no União 1919 destaca que esta chamada à seleção nacional pré-júnior “é mais uma etapa até ao alto rendimento”.

“Motiva a atleta, o clube, os treinadores, os diretores… motiva toda a gente”, frisa.

António Martinho lembra que o União 1919 “há três anos teve o Diogo Ribeiro, no ano passado foi o Gustavo [Marques] e agora temos a Alana”, nas seleções.

A nadadora faz 14 anos em agosto. “é muito difícil prever o que quer que seja” ainda. “O que posso dizer é que tem capacidades e pode desenvolve-las”, refere António Martinho.

“Se não houver talento até é injusto obrigar um atleta desta idade a fazer seis quilómetros de tarde, mais três quilómetros de manhã… sete vezes por semana. Em júnior já fazem 11 ou 12 treinos, como faz o Gabriel [Lopes], a Camila [Rebelo] ou o Diogo Cancela. Não conheço ninguém que lá chegue sem ter passado por este processo”, diz o treinador.

Alessandro Carvalho e Martim Pascoal

Martim Pascoalde 14 anos, é nadador da Columbófila Cantanhedense desde os cinco. Tem na mariposa o seu melhor estilo e não tem pressa de vingar na modalidade onde chegou através do pai.

“O meu pai sempre gostou de desporto, e como este é muito exigente e trabalha o corpo inteiro o meu pai achou bem colocar-me na natação”, recorda.

Fã do americano Michael Phelps, que “costumava ver no verão, nos Jogos Olímpicos”, Martim Pascoal já nem se recorda bem da primeira medalha “a sério”: “Foi aos nove ou 10 anos, em Coimbra, penso que nos 100 livres, já não tenho a certeza”.

Mas foi nos 100 mariposa que mais se destacou nos nacionais de Famalicão do ano passado, sendo o 6.º melhor tempo. “O que eu gosto mais de nadar, e em que sou melhor é mariposa. É fixe. Requer muito, a nível físico, por isso gosto muito!”, explica.

Esta chamada à seleção nacional “motiva”, admite. “Ajuda a sentir-me mais confiante no trabalho que faço nos treinos e no esforço que eu faço”, garante.

Agora é “um dia de cada vez” e “fazer o melhor nos treinos todos os dias”. “Depois se vê onde posso chegar”, remata, sem pressas.

Convocatória “ajuda o grupo a crescer”

Alessandro Carvalho, treinador do Martim Pascoal na Columbófila Cantanhedense, diz que esta chamada “vem dar um pouco de ênfase ao que a Columbófila tem feito nos últimos anos”. “Com a covid-19 houve algum tempo em que não fomos tão consistentes ao nível das convocatórias, mas o palmarés do clube não deixa dúvidas. O caminho está bem traçado e sabemos por onde queremos ir”, atira.

O momento “é excelente para o Martim”. Ainda assim o treinador prefere “olhar para o coletivo”. “Esta chamada assim como outra, há dias, em águas abertas, são excelentes e ajudam o grupo a crescer, ao nível da união e capacidade de trabalho. Se isso acontecer as chamadas vão acontecer naturalmente”, diz Alessandro Carvalho.

Quanto ao futuro, o treinador lembra que “há inúmeras situações de atletas que são excelentes quando são mais novos, em que se criam  demasiadas expectativas, e outros, naquelas idades, não dão grandes esperanças e depois acabam por ser melhores”.

“Tentamos é não dar passos maiores que as pernas. Aproveitar estes momentos para evoluir mas ter os pés assentes na terra”, acrescenta o treinador.

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