Um advogado com escritórios em Coimbra e Pombal começa a ser julgado na quarta-feira por 555 crimes de falsificação e é suspeito de “ludibriar” o sistema para os clientes escaparem a coimas por infrações do Código da Estrada.
O advogado, de 40 anos e residente em Coimbra, é suspeito de praticar 555 crimes de falsificação, a maioria dos quais a tentar evitar a cobrança de multas a empresas, às quais cobrava “pelo menos” 50 euros pelo serviço, referiu o Ministério Público, na acusação a que a agência Lusa teve acesso.
Nessa acusação, é explicado que, quando se regista uma contraordenação sem identificação do autor da infração, é levantado um auto de contraordenação ao dono do veículo, que é notificado para confirmar a identificação do condutor.
Caso seja indicada uma pessoa distinta, é criado um novo processo contraordenacional contra o condutor identificado.
Segundo o Ministério Público (MP), o advogado agora acusado pedia aos seus clientes para lhe entregarem o auto de contraordenação e preenchia o documento de identificação do condutor, a indicar-se a ele próprio como o condutor infrator em todas as 555 situações apuradas neste processo.