Principais desejos: o Fim da Guerra e políticas publicas que respondam aos problemas reais dos portugueses;
No final de um ano é tempo de reflexão, avaliação e de formular desejos para o novo ano.
O ano que finda a nível internacional trouxe-nos a guerra entre dois países da Europa. Uma situação horrenda. Um presidente tirano, Vladimir Putin, resolveu apoderar-se de um país democrático. Felizmente deparou-se com a coragem do povo ucraniano liderado por um grande líder o Presidente Volodymyer Zelensky.
A solidariedade dos povos dos restantes países europeus e de outros países, nomeadamente dos Estados Unidos, rapidamente disse presente. Enquanto esta guerra se arrasta temos gente inocente a sofrer. Famílias jovens abandonam o país. Idosos na solidão refugiam-se em abrigos húmidos. Mulheres dão á luz em condições horrorosas. Tudo isto se passa num país de invernos gélidos, onde as falhas de energia são quase constantes, numa parte significativa do território. Soldados russos obrigados a combater, enganados, por uma elite insensível ao sofrimento. Em Portugal, por incrível que possa parecer, tivemos destacados membros do PCP a tentar defender o indefensável. Quando está em causa a violação do princípio da autodeterminação e o consequente sofrimento de um povo, não há defesa possível.
Para além das consequências da destruição na Ucrânia, esta guerra veio acentuar a crise inflacionista que tinha ressurgido.
Felizmente, o ano de 2022, trouxe um melhor entendimento sobre a doença Covid. Acabaram muitos dos pavores e a doença passou a ser tratada com muito maior normalidade.
Em Portugal iniciamos o ano com eleições legislativas tendo sido vencedor o Partido Socialista com maioria absoluta. Esta grande vitória, veio criar todas as condições a António Costa para aplicar o seu programa eleitoral.
Apesar disso, temos assistido a uma perda do poder de compra dos portugueses, degradação dos serviços públicos, perda de competitividade face a outros países, diminuição de população e maiores assimetrias territoriais.
Na sequência do processo eleitoral, tive a honra de ser eleita deputada, tendo integrado as listas do PSD.
Fi-lo com enorme sentido de responsabilidade e espírito de missão. Dado tratar-se de um ano atípico tivemos no âmbito do trabalho parlamentar duas discussões de Orçamento. Um para vigorar em 2022 e outro para vigorar no ano de 2023. Em ambos, procurei dar contributos que contribuíssem para a melhoria do nível de vida dos Portugueses. Os temas da Coesão Territorial, desenvolvimento económico, saúde e justiça social são temas aos quais procuro dar maior relevância. Felizmente, em artigos anteriores, tem-me sido dada a oportunidade de dar conhecimento aos leitores de algumas matérias/ propostas pelas quais me tenho debatido.
Na última semana voltei a chamar a atenção da Sra. Ministra da Presidência e dos colegas Deputados para algumas situações que merecem reflexão e posterior alteração. No âmbito da 13ª Comissão – Comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local, participei numa deslocação á CIM das Terras de Trás-os-Montes. Reunimos com autarcas, empresários e ensino superior. Gente resiliente que acredita nas potencialidades do seu Território. Uma “pérola ambiental” com grande potencial agrícola e uma localização privilegiada em relação à Europa. No lado espanhol junto à fronteira tem o TGV e uma excelente rede de autoestradas.
Com políticas públicas adequadas teriam todas as condições para captar investimento e produzir mais riqueza.
O que nos transmitiram?
Desilusão perante o centralismo do Estado. Angústia por verem o desperdício dos seus recursos, começando pelos humanos que vão abandonando o território. Na última década perderam 8,1% das empresas e muita população. Ao longo das últimas décadas ouviram anunciar milhões para a coesão territorial. Viram-nos passar, nas paragonas dos jornais, mas não os viram ficar. O PRR foi mais um momento de esperança que se está a transformar em desilusão.
O que se passa neste território, passa-se em muitos dos nossos concelhos de baixa densidade.
Pelo que desta deslocação trouxe ainda um maior sentido de responsabilidade, tendo procurado chamar a atenção da Sra. Ministra da Presidência para algumas medidas que merecem ser ponderadas e corrigidas.
Votos para o Próximo Ano:
O fim da Guerra e uma maior sensibilidade do governo para os problemas reais dos portugueses.
Um feliz Ano Novo para todos os leitores e para as vossas famílias.

A minha actividade durante a semana passada
Deslocação aos concelhos da Comunidade Intermunicipal das Terras de Trás- os- Montes;
Parlamento Jovem- Escola Secundária da Lousã
Diversas reuniões, colaboração em iniciativas legislativas, debates.