NÃO
Era uma vez a Piscina-Praia, uma obra icónica de Isaías Cardoso, referência indelével na memória de gerações de figueirenses, viva através das imagens que nos chegam, de uma extensa piscina, de uma alta plataforma e de um espaço concorrido, que, mais do que os fins turísticos, permitiu um renascimento da natação figueirense.
Mas esta carismática Piscina-Praia, algures em 1998 começa a dissipar-se, no tamanho, na finalidade, na traça original e até no nome, decorrente da aquisição do espaço pelo Município, dando início a um sinuoso processo de transformação na tal Piscina-Mar.
Desde aí, os avanços e reveses são conhecidos. A prioridade seria sempre recuperar o património, preservando a sua traça arquitetónica, sabendo-se, de antemão, que não é vocação da Câmara Municipal investir para fins hoteleiros.
Cabe-lhe, sim, garantir que a situação não perdura, que o que restou dos atentados arquitetónicos anteriormente cometidos é salvaguardado, que o património é respeitado, tendo sido, com esse fito, encetados todos os esforços para que a solução existisse, uma solução entretanto descartada, numa decisão respeitada pela oposição, acreditando que a alternativa anunciada como breve e melhor chegaria.
Que chegue e chegue ciente de que a Piscina-Praia é figueirense e a sua preservação está acima de gostos pessoais. Existem entidades competentes e pareceres que sustentam decisões políticas, para que não sejam levianas. Que se devolva aos figueirenses a sua Piscina-Praia.