José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, deslocou-se, ontem, ao concelho de Arganil para fazer uma visita às obras do Centro Municipal de Proteção Civil, bem como ao sistema de proteção contra incêndios instalado em Travessas.
O ministro considerou que o sistema de proteção contra incêndios “permite demonstrar que soluções simples podem ser grandes soluções na prevenção de incêndios”.
Por outro lado, o presidente da Câmara de Arganil revelou que, sendo “uma boa solução”, é pretensão do município “escalar para outros locais, desde logo, ao nível da proteção da Área Empresarial da Relvinha”. “Já articulámos com a ADAI (Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial) o projeto de execução, temo-lo pronto a ser lançado no mercado, procuramos apenas meios financeiros para o implementar”, anunciou Luís paulo Costa.
No que concerne ao Centro Municipal de Proteção Civil – investimento de 300 mil euros, que conta com o financiamento dos Fundos de Coesão –, Luís Paulo Costa sublinhou que se pretende ficar “robustecidos ao nível de equipamento e recursos tecnológicos, tendo em vista facilitar as funções da proteção civil”, contando que, “para além da remodelação e adaptação do edifício e do mobiliário, apostamos em comunicações, no hardware, no software e nos equipamentos que garantirão a autonomia energética, em caso de necessidade”.
Congratulando-se com a visita do ministro, o presidente da câmara pediu que esteja “atento àquilo que são as estruturas, à massa crítica dos territórios e, particularmente, às características que tem Arganil”, lembrando que “corremos o risco, nesta área, de receber competências sem capacidade para as assegurar”.
Pedidos de mais formação e apoio financeiro
Ressalvando que “era muito importante que, para além da condição financeira, existisse um processo de capacitação dos territórios para estarem habilitados a receberem essas competências”, o autarca acrescentou que “seria importante que se olhasse para o sistema de financiamento dos bombeiros, porque todos nós temos registo de que passam por grandes momentos de constrangimentos financeiros”.
Remuneração da GNR
Focando a sua intervenção inicial na ação da GNR, José Luís Carneiro deu a conhecer que, “em 2023, será realizada uma valorização das remunerações dos profissionais da GNR e da PSP, desde a base até ao topo, com aumentos que vão dos 62 euros aos 117 euros”, sendo estes “os maiores aumentos salariais da década”.
Informando ainda que “na sequência desta valorização remuneratória, há um novo aumento do valor do suplemento por serviço e risco (componente variável), registando-se aumentos entre os 10,28 euros e os 21,54 euros”, o ministro da Administração Interna garantiu que “esta valorização salarial terá continuidade em 2024, 2025 e 2026”.