As comemorações do 88.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus, de Arganil, ficou marcada pelas críticas ao Governo de Pedro Pereira Alves, presidente da direção, considerando que o Estado “não honra os seus compromissos, não paga o justo valor e, pior ainda, paga tarde e a más horas”. O responsável denunciou que “não tem qualificação aquilo que o Estado está a fazer aos bombeiros portugueses e às suas associações, fazendo-as sofrer e passar pela miséria, suprida, muitas vezes, por empréstimos concedidos na base da garantia pessoal dos seus dirigentes”.
Também Fernando Carvalho, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra, reiterou as preocupações manifestadas pelo presidente da direção, reforçando que “o Estado tem de olhar para esta situação que, se não for profundamente alterada, levará a uma profunda degradação dos nossos corpos de bombeiros”.
Crachá de ouro para dois bombeiros dedicados
Por outro lado, dois bombeiros com décadas de dedicação à corporação Argus, de Arganil, receberam, na mesma cerimónia, o mais alto galardão da Liga dos Bombeiros Portugueses, ou seja, o crachá de ouro.
A distinção foi entregue ao subchefe Fernando Manuel Covas e ao bombeiro de 1.ª José Ribeiro Castanheira. Foram ainda entregues medalhas de cobre e de prata a outros elementos.
O comandante da corporação, Fernando Gonçalves, destacou que se trata de “uma pequena recompensa das milhares de horas que deram à causa do voluntariado”.
Por outro lado, Fernando Gonçalves deu a conhecer a “nova visão” para o corpo de bombeiros e para o corpo ativo, que passa por estar “mais perto da nossa população, da nossa indústria e das nossas instituições, com mais formação e mais equipamentos modernos”.