Bento XVI/Óbito: Cavaco Silva recorda “defesa inabalável da tolerância e da paz”

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O antigo Presidente da República Aníbal Cavaco Silva recordou hoje a “defesa inabalável da tolerância e da paz” do papa emérito Bento XVI, esperando que a “grande sabedoria, humildade esclarecida e serenidade” sirvam como inspiração em tempos de incerteza.

“Neste momento de tristeza para tantos milhões de fiéis pelo Mundo inteiro, a que a minha mulher e eu nos juntamos, faço votos de que a grande sabedoria, a humildade esclarecida e a serenidade do Papa Bento XVI nos inspirem nestes tempos de grande incerteza e sofrimento para tantos milhões de cidadãos”, afirmou Cavaco Silva numa nota enviada à agência Lusa a propósito da morte do papa emérito Bento XVI.

Segundo o antigo chefe de Estado, “a lucidez e a humildade” da decisão de renunciar “ainda impressionam”, considerando que “do seu magistério pontifício, em tempos conturbados para a Igreja e para o Mundo, ficam uma defesa inabalável da tolerância e da paz, alicerçada nos ensinamentos cristãos que tão bem soube interpretar”.

“A minha mulher e eu tivemos o privilégio de visitar o Santo Padre no Vaticano em 2008 e de o receber na sua visita a Portugal de maio 2010, que levou o Papa a Lisboa, a Fátima e ao Porto. Como disse então, Bento XVI foi ‘um peregrino sábio que foi ao encontro de todos os homens de boa vontade’”, recordou.

Cavaco Silva referiu ainda que foi “com profunda emoção” que recebeu a notícia da morte do papa emérito Bento XVI, “um homem de uma extraordinária cultura e grande serenidade, cujo legado perdurará muito para além dos seus dias terrenos”.

O papa emérito Bento XVI, que morreu hoje com 95 anos, abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, em 11 de fevereiro de 2013, a dois meses de comemorar oito anos no cargo.

Joseph Ratzinger nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, e foi Papa entre 2005 e 2013.

Ratzinger tornou-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

Os abusos sexuais a menores por padres e o “Vatileaks”, caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram casos que agitaram o seu pontificado.

Bento XVI ordenou uma inspeção às dioceses envolvidas, classificou os abusos como um “crime hediondo” e pediu desculpa às vítimas.

Durante a viagem a Portugal, em maio de 2010, Bento XVI disse que “o perdão não substitui a justiça”.

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