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A fatura da água vai aumentar nove por cento, a partir de janeiro. Este valor, apesar de ser considerado elevado, está abaixo dos 11,3 por cento propostos pela concessionária, que invocou o aumento do custo da eletricidade e a taxa de inflação.
Entretanto, a autarquia recorreu ao artigo 81 do contrato de concessão para acionar um modelo de cálculo diferente daquele em que se baseou a Águas da Figueira para chegar aos 11,3 por cento de aumento. Ainda assim, a maioria FAP e a oposição PS consideram que se trata de uma subida acentuada do tarifário.
“Temos outra hipótese, que é o resgate da concessão, com os custos inerentes”, indicou Santana Lopes, cenário que, subentendeu-se, é meramente hipotético. Até porque, acrescentou o autarca, “não respeitar o contrato seria um bocado mais complicado”.
“Não vou dizer que nove por cento é pouco, porque é muito, mas os outros aumentos [de diversos outros serviços] são da ordem dos 30 por cento e não temos a quem pedir reequilíbrio financeiro”, esclareceu ainda o presidente. O aumento do preço da água resultante da contraproposta do executivo camarário, defendeu Santana Lopes, é “uma composição justa de vontades”.
Santana Lopes afirmou ainda: “Tentámos fazer tudo para que o aumento fosse mais reduzido”. Por seu lado, Diana Rodrigues defendeu que, não obstante a redução imposta pela maioria da FAP, “este aumento é muito duro para todos os munícipes”.
Indagado pelo DIÁRIO AS BEIRAS sobre as contrapartidas concedidas à concessionária para compensar a redução imposta pela autarquia, Santana Lopes afirmou que não haverá compensações, quer no prolongamento da concessão quer na redução do investimento programado. A votação da proposta do executivo camarário da FAP foi adiada para a próxima reunião de câmara, decisão tomada depois de a vereadora do PS Diana Rodrigues ter feito diversas observações.