Opinião: Grande Prémio de Macau

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Teve lugar no passado fim-de-semana mais uma edição do Grande Prémio de Macau (GP), que disputa, com o Mónaco, o título de melhor circuito urbano do mundo. As opiniões dos especialistas e entendidos tendem a estar divididas, contudo são unânimes no reconhecimento do seu peculiar e atribulado percurso que definem a competitividade e adrenalina da prova. O GP surgiu nos anos cinquenta através da iniciativa de um grupo de amigos amantes do desporto rodoviário. Com pouco mais de seis quilómetros, desenvolve-se entre longas rectas, apertadas curvas e desafiantes subidas, o Circuito da Guia e a corrida de classe de Fórmula 3 são uma notável e popular plataforma de lançamento de estrelas mundiais de Fórmula 1. Promovido pelo governo local como o grande evento turístico de Macau, a região vive para as corridas durante os quatro dias de cartaz. Com mais de um mês de antecedência começam a ser instaladas as barreiras amarelas e pretas e a população entra, desde logo, na atmosfera de expectativa para a grande corrida. Com o aproximar da data vemos ganhar escala as enormes estruturas de bancadas que, como num prenúncio da largada, vêm colorir a cidade. Durante os dias do GP as rotas dos autocarros são alteradas e os peões são convidados a descobrir Macau de ângulos e perspectivas diferentes quando, para atravessar a rotineira passadeira, são desviados por passagens aérea pedonais. A sexagésima nona edição foi marcada pelo grande regresso da prova de motas e pela participação de pilotos provenientes de países estrangeiros, impedidos de participar desde 2020 devido às restrições e medidas da política Zero Covid da China. Com prospecção e manchetes internacionais este é, sem sombra de dúvidas, o evento mais vibrante do ano e que deixa Macau com saudades de Novembro a Novembro.

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