40% do quadro de pessoal dos Bombeiros Municipais de Penela é preenchido por profissionais. Ainda ontem foi formalizada a constituição de uma 3.ª Equipa de Intervenção Permanente (EIP), formada por cinco elementos, o que faz elevar para 15 o número de operacionais contratados.
Com esta nova EIP, ascende a 42 o número deste tipo de equipas a operar nos 17 concelhos do distrito de Coimbra, com um total de 210 bombeiros profissionais em corpos de bombeiros voluntários.
Tal como Penela, também os concelhos de Pampilhosa da Serra, Miranda do Corvo e Miranda do Corvo têm três EIP, enquanto nos outros casos há duas, ou apenas uma, devendo entrar em funcionamento no início do próximo ano outras quatro, já aprovadas a nível central, para os bombeiros de Soure, Góis, Arganil e Góis.
Em Penela vem “reforçar a capacidade operacional para ocorrer a qualquer situação de urgência e emergência no concelho”, disse ontem, no quartel, o presidente da Câmara, Eduardo Santos, acrescentando que, apesar do “esforço financeiro significativo”, é “absolutamente indispensável” uma nova equipa.
Encargos repartidos
Para financiar 50% do funcionamento das três EIP, o Município de Penela está a investir cerca de 115 mil euros anuais, sendo que a outra metade é assumida pela administração central, referiu o comandante dos bombeiros, António Lima. Cada EIP custa, em qualquer parte do país, 77 mil euros, encargo repartido entre cada um dos municípios e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)
O presidente da Associação Humanitária de Penela, Jorge Pereira, lamentou, por seu lado, o facto de as três EIP ainda serem curtas para garantir todo o serviço, adiantando que falta resolver os constrangimentos da prestação do socorro aos domingos e durante as noites, o que é assegurado por voluntários.
Também presente na cerimónia, o Comandante Distrital de Operações de Socorro (CODIS), Carlos Luís Tavares, fez questão de sublinhar que “estas equipas são um complemento ao voluntariado, que está de boa saúde no distrito”.
O responsável confirmou que os novos profissionais foram recrutados entre o corpo próprio dos bombeiros, cumprindo os requisitos de habilitações ao nível do 12.º ano, boa preparação física e formação adequada.