Luís de Matos: “Público irá ver magia como nunca viu”

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Não é hábito os grandes espetáculos estrearem em Coimbra. Como é que isso aconteceu?
Ainda em 2021, contactei o Dr. José Manuel Silva no sentido de perceber se a Câmara Municipal de Coimbra consideraria interessante que o “Impossível Ao Vivo” estreasse na nossa cidade. A resposta foi imediata e, assim, esta produção que, durante cinco semanas consecutivas terá representações de norte a sul do país, fará a sua estreia em Coimbra, no Grande Auditório do Convento São Francisco, seguindo depois para Teatro Tivoli BBVA, Teatro das Figuras e Coliseu do Porto.
Como conimbricense, gostava muito que Coimbra se afirmasse como a cidade das estreias. A ser possível estabelecer esse padrão para a nossa cidade seria certamente uma forma de contribuir para a divulgação da atividade cultural que aqui acontece e que os números atestam ser uma das três cidades portuguesas com mais eventos cultural por ano. Cada produção, de cariz nacional ou internacional, arranca sempre com uma comunicação de âmbito nacional e, dessa forma, contribui para a consolidação da perceção da nossa cidade como referência cultural. Que bom que seria que os portugueses associassem Coimbra à cidade das grandes estreias…

O que é que o público pode esperar deste espetáculo?
A minha convicção é de que o público irá ver magia ao vivo como nunca viu. É um espectáculo para toda a família, para maiores de seis anos, igualmente apelativo para público infantil, jovem e adulto, independentemente do seu contexto sócio-cultural. Para todos os públicos existe uma linha que separa o possível do impossível, essa é a linha que este espectáculo ultrapassa, fazendo acontecer, literalmente, o impossível em palco, ao vivo. Independentemente da perspetiva de cada espetador, seja ela mais “dedutiva” ou “imaginativa”, todos poderão escolher entre encarar cada momento como um “puzzle”, aparentemente inexplicável, ou um “mistério” que a imaginação de cada um aceita, como qualquer outra obra de ficção. Na prática, e pelas enormes diferenças e complementaridades de cada um dos intervenientes, cada espetador estará a assistir a cinco espectáculos num só.
Tendo sido criado para estrear em 2020, teve dois anos para crescer criativamente e isso deixa-nos muito confiantes de que ninguém se arrependerá em nos dar o benefício da dúvida ao escolher vir assistir ao “Impossível Ao Vivo”. É uma oportunidade de ver algo único, espetacular e feito com enorme paixão. Em palco, Dan Sperry (Estados Unidos da América), Javier Botía (Espanha), Norbert Ferré (França), Yu Hojin (Coreia do Sul), Joana Almeida, Momentum Crew, e eu próprio, tudo faremos para que este seja daqueles espetáculos que se quer ver e rever.

Pode-se dizer que estão representados nestes espetáculos as principais áreas da magia mundial?
Mais do que “áreas”, está representado o que de melhor se faz atualmente. Dos Estados Unidos da América, Dan Sperry, um anti-mágico, chocante e excêntrico, é uma éspecie de mistura entre David Copperfield e Marilyn Manson. De Espanha, Javier Botía, o inigualável e hilariante Campeão Mundial de Mentalismo, combina humor com momentos de desconcertante inexplicabilidade. De França, Norbert Ferré, o incrivelmente talentoso e original duplo Campeão Mundial, surpreende de forma reincidente mesmo quando desafiado pelos olhares mais atentos. Da Coreia do Sul, Yu Hojin, o mágico que se tornou num símbolo nacional no seu país, virtuoso e único no seu estilo e técnica e que, mais recentemente, foi aplaudido durante meses pelo público estadunidense.
No elenco consta uma bailarina e os campeões mundiais de break- -dance. Quais as razões que levaram a esta escolha?
A Joana Almeida começou a trabalhar connosco em 2001, por ocasião de uma das nossas séries para o prime-time da RTP. As gravações dos 13 programas, emitidos semanalmente à segunda-feira à noite, decorreram ao vivo, em Coimbra, no Teatro Académico Gil Vicente. Aos 16 anos, a Joana passou, então e até aos dias de hoje, a fazer parte das nossas produções em Portugal e no mundo. Hoje em dia, fundadora e directora do Action Performing Arts Center, no Porto, continua a pertencer à nossa equipa e a partilhar o palco comigo. Os Momentum Crew, campeões do mundo, fundados e dirigidos pelo bailarino e coreógrafo Max Oliveira, e um dos principais responsáveis pela integração desta vertente da dança nas modalidades olímpicas, começaram a trabalhar connosco igualmente numa das nossas séries para o prime-time da RTP. Foi em 2017, no programa “Luis de Matos Impossível”, transmitido em directo do Estúdio33, em Ansião, ao sábado à noite, que os Momentum Crew passaram a estar presentes nos nossos espectáculos. Aliás, o “Impossível Ao Vivo”, que entretanto ganhou o seu espaço, surge precisamente em consequência dessa série e da resposta que ela acabaria por ter junto do público.

Foi fácil juntar estes cinco mágicos de renome mundial – incluindo Luís de Matos – numa turné durante cinco semanas em Portugal?
Por um lado, é fácil fazer a lista de sonho em matéria de intervenientes. Por outro, é extremamente difícil coordenar disponibilidades e agendas. Estamos a falar de artistas cujo calendário é definido com dois anos de antecedência. A facilitar este desafio, está o facto das anteriores edições terem ressoado na comunidade mágica internacional como algo de extrema qualidade. Facilita imenso, quer na contratação quer, sobretudo, no espírito sentido no palco, o facto de que cada um de nós admira o trabalho dos outros quatro.
Em comparação às edições anteriores “Impossível”, quais as alterações introduzidas neste espetáculo?
Desde logo o facto deste “Impossível Ao Vivo” se apresentar com novo elenco e novas ilusões. Por outro lado, sendo a sua terceira instalação, as primeira foram em 2018 e 2019, refletirá toda a aprendizagem e refinamento do formato, com vista a uma maior espectacularidade.

Como está a correr a venda de ingressos para estes espetáculos nas cidades de Coimbra, Lisboa, Porto e Faro?
Para ser completamente sincero, estou surpreendido e feliz. Em 2018 tivemos 25.000 espectadores e em 2019 subimos para 30.000. É natural que quem assiste não só volte no ano seguinte como contribua para a divulgação junto dos seus amigos e familiares. Por isso, se o “Impossível Ao Vivo” tivesse acontecido em 2020, como previsto, seria mais ou menos expectável que o número de espetadores tivesse voltado a aumentar.
O facto da pandemia ter interrompido os trabalhos, e ter feito esquecer o “Impossível Ao Vivo” durante os anos de 2020 e 2021, estávamos preparados para uma maior dificuldade na conversão de divulgação em venda efetiva de bilhetes. Surpreendentemente, e em comparação com a última vez que esta produção aconteceu, temos neste momento o dobro de bilhetes vendidos quando comparado com o mesmo período em 2019.

E em Coimbra?
No caso de Coimbra existe uma pequena dificuldade que se prende com o facto de, recentemente, ter mudado a empresa de ticketing do Convento São Francisco. Assim, para adquirir entradas para os espectáculo em Lisboa, Faro e Porto, a plataforma usada é a Ticketline, onde se vendem os bilhetes para a maioria dos espetáculos realizados em Portugal, inclusivamente para a estreia da digressão dos Coldplay em Coimbra. Há um hábito instalado de visitar aquela plataforma para saber o que está acontecer a nível dos grandes espetáculos. Curiosamente, e porque temos acesso aos números, dezenas de pessoas de Coimbra têm vindo a comprar bilhetes para os espectáculos de Lisboa e Porto. Não sei se por quererem, de facto, assistir ao espetáculo nessas cidades ou, por simplesmente, não verem a cidade de Coimbra aí listada.
Por isso mesmo, aqui fica a informação importante… todos quantos não quiserem perder a oportunidade de assistir ao “Impossível Ao Vivo” em Coimbra, no Convento São Francisco, deverão adquirir as entradas na plataforma Bilheteira Online (bol.pt), na bilheteira do Convento ou nos outros locais habituais.

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