ICNAS 2.0 à espera de financiamento para poder avançar

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DB/Foto de Pedro Ramos

O ICNAS 2.0 marcará uma nova fase do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). O centro, que até agora tem dedicado a sua atividade à investigação e à produção de radiofármacos, pretende agora aliar o diagnóstico à vertente terapêutica (através da teranóstica), o que poderá mudar o paradigma no tratamento das doenças oncológicas. Mas, para tal, precisa de um espaço físico e de cerca de 25 milhões de euros.
“Nós já temos no ICNAS a capacidade de produzir os isótopos de diagnóstico. Mas, para conseguimos fazer também os da terapêutica, precisamos de crescer”, disse ontem Antero Abrunhosa, diretor do ICNAS.
O responsável aproveitou a visita da ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior às instalações no Polo III para dar conta da necessidade de acelerar o processo.
O ICNAS 2.0 irá ocupar parcialmente três pisos da subunidade 2/4 do Pólo III, num futuro edifício da Faculdade de Medicina, cujo investimento total ronda os 45 milhões de euros (destes, cerca de 25 milhões correspondem à expansão do ICNAS).
“Será reservada uma parte do edifício para a área da teranóstica. O projeto está pronto, tanto do lado da Faculdade de Medicina como do nosso lado. A única coisa de que estamos à espera é de financiamento, que esperamos possa vir da CCDRC”, adiantou Antero Abrunhosa.
“O objetivo é criar um centro de investigação e também de utilização clínica dos isótopos de terapêutica. Podemos fornecer ao Sistema Nacional de Saúde e ter mais sucesso no tratamento para o cancro”, adiantou o responsável.
Já o reitor Amílcar Falcão lembrou que nos últimos 10 anos, através do ICNAS, foi possível ao Estado poupar mais de 50 milhões de euros na compra de radiofármacos pelos hospitais portugueses (que, de outra forma, seriam importados de Espanha).
“A componente de diagnóstico e terapêutica, neste momento, ainda só está nas mãos de empresas privadas – como, aliás, estavam há 10 anos os radiofármacos”, sustentou.
Ainda de acordo com o reitor, a expansão do ICNAS implica a contratação de 45 pessoas para os quadros, na maior parte deles doutorados.
Na primeira visita a Coimbra enquanto governante, a ministra Elvira Fortunato elogiou o ICNAS, pelo “excelente trabalho de investigação”, mas acima de tudo pela sua integração na sociedade, com todos os serviços que tem prestado, provando assim que o contributo da ciência para a sociedade “é inquestionável.”

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