São 38 as propostas para mudar a urbanização de Santa Clara por parte da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). As ideias pertencem à Operação de Reabilitação Urbana (ORU) e tem como prazo de execução nove a 15 anos.
A Estratégia de Reabilitação Urbana (ERU) de Santa Clara tem, segundo o documento apresentado pelo executivo municipal, um orçamento de 211,8 milhões de euros. A vereadora da Câmara Municipal de Coimbra com o pelouro do Planeamento Territorial, Ana Bastos, esclareceu, no entanto, que este financiamento tem que ser repartido pela câmara e por privados, sendo também passível de cofinanciamentos dos quadros comunitários.
Parque Verde é para expandir
Entre as 38 propostas são várias as ideias que pretendem mudar drasticamente a paisagem urbanística de Santa Clara. A ampliação da área sul da margem esquerda do Parque Verde do Mondego até à Lapa dos Esteios é uma das iniciativas pensadas, tendo um orçamento de 15 milhões e estando calendarizada entre os anos 2024 e 2029.
Se no lado sul, o objetivo é expandir o Parque Verde, a norte, o executivo pretende realizar um remate do terreno junto à ponte do Açude para expandir o paredão. O projeto está orçado em três milhões e está previsto que arranque entre 2023 e 2026.
Três pontes sobre o Mondego
A Câmara apresentou também proposta para a criação de três pontes pedonais e para transportes públicos sobre o Mondego, entre a ponte do Açude e a ponte de Santa Clara. O projeto, com orçamento de 14 milhões de euros, está calendarizado para os anos de 2025 a 2030.
Apesar de estarem três pontes planeadas na ação estruturante de reabilitação urbana, o arquiteto Eduardo Mota explicou que “não quer dizer que se façam as três ou que sejam as três necessárias”
Também a ponte Rainha Santa Isabel poderá ser alvo de uma reabilitação urbana. O objetivo passa por criar uma ligação pedonal/ciclável, numa ação no valor de três milhões euros e meio.
Projeto para avenida João das Regras explicado
Tal como já foi noticiado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o atual executivo tem o objetivo de pedonalizar a avenida João das Regras. Ontem foi explicada a maneira como a circulação automóvel será definida quando a avenida ficar cortada.
O desvio do tráfego rodoviário será pelo espaço disponível entre as traseiras das edificações e o pavilhão 1 do Estádio Universitário. Para tal, o atual campo sintético de futebol terá que mudar de local, algo que terá que ser aceite pela Universidade de Coimbra. Esta rua dará acesso à rotunda com ligação à avenida Inês de Castro.
A pedonalização da avenida João das Regras e a sua alternativa automóvel têm orçamentos de três e seis milhões de euros.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, vincou a diferença das propostas.
“Estamos a conseguir apresentar projetos disruptivos que vão mudar a paisagem da cidade. A ideia é construir um novo património moderno em Coimbra”, disse
Segundo Ana Bastos, a ORU tem a discussão pública aberta até dia 14 de dezembro. O executivo pretende apresentar e votar o documento na reunião de câmara no dia 19 de dezembro e, posteriormente, em sede de Assembleia Municipal, no dia 27 de dezembro.