Opinião: A frente de rio do Cabedelo deve ser requalificada? SIM

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Até há pouco, o Cabedelo era um diamante por lapidar, o que pressupunha uma possibilidade, única e irrepetível, de aperfeiçoar o espaço, dotando-o das condições que lhe permitissem tornar-se efetivamente um produto turístico de excelência; mas também um risco, proporcional ao valor inicial acrescido do valor incorporado: o de estragar tudo.

Desgraçadamente, o processo de intervenção no Cabedelo, como praticamente todos os que envolveu a Câmara Municipal da Figueira, nos últimos anos, começou mal, seguiu opaco e atrapalhado, e terminou, para já, não só sem acrescentar nada de significativa e positivamente impactante, mas até de duvidosa eficácia e sustentabilidade, apesar das avultadas quantias de dinheiro envolvidas.

No início, havia três opções para o Cabedelo: nada fazer, assim se valorizando um certo estado mais selvagem do local; intervir reabilitando, o que pressupunha que esta é uma área degradada, fixando como objetivo a melhoria das condições físicas do local, mas mantendo as funções que tinha à data; ou intervir requalificando, a partir de uma alteração funcional do espaço, para proporcionar uma redistribuição da população e das atividades económicas.

Sempre defendi inequivocamente esta última, mas a empreitada até agora concluída, anunciada como a primeira fase, não lhe deu um qualquer sentido estratégico – o Cabedelo é valioso demais para que se continue a permitir tal desorientação.

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