Ministro da Cultura elogia ambição de Coimbra

Foto de Pedro Ramos

O ministro da Cultura acredita que “será possível” a Câmara de Coimbra encontrar condições para concretizar o novo Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC). Porém – notou – “tais condições dependem de candidaturas a fundos comunitários de um período que ainda nem sequer se iniciou”.
Ainda assim, Pedro Adão e Silva disse ver com “enorme satisfação” a ambição do poder local em torno da cultura.
Minutos antes, na inauguração de “Que te seja leve o peso das estrelas”, no CACC, o presidente da Câmara Municipal tinha dado conta da pretensão de “começar a projetar para o futuro um grande centro de arte contemporânea” que dê outra dimensão à exposição da coleção do Estado que está à guarda da autarquia pelo período de 25 anos.
“O depósito da coleção Ex-BPN foi um impulso para nós projetarmos um Centro de Arte Contemporânea de maior dimensão e eu espero que seja concretizável nos anos vindouros com o financiamento do PT 2030”, afirmou José Manuel Silva.
Recorde-se que projeto para o futuro CACC propõe que a requalificação da área norte da rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes, englobando na sua intervenção o edifício da PSP, a Escola Secundária Jaime Cortesão e os edifícios da Manutenção Militar. O Centro ocuparia parte do edifício da PSP até à Escola Jaime Cortesão, que seria relocalizada para os edifícios da Manutenção Militar, atribuindo-lhe um programa dedicado ao ensino artístico.

“Que te seja leve
o peso das estrelas”
Ontem, após a visita à exposição “Que te seja leve o peso das estrelas”, que reúne um conjunto de obras de prestigiados artistas pertencentes a uma coleção privada, o ministro enalteceu “a ideia poderosa” do diálogo entre o público e o privado”.
“Precisamos de levar a cultura ao país, democratizar o seu acesso e também aquilo que é arte contemporânea”, frisou.
Para Pedro Adão e Silva, “a coleção de arte contemporânea do Estado tem a responsabilidade de disponibilizar peças que pertencem a todos à fruição pública e isso vai ser mais possível com a Rede Portuguesa de Arte Contemporânea. Precisamos de multiplicar experiências como aquelas que visitámos aqui em Coimbra”, sublinhou.
Além de obras de Helena Almeida, a exposição reúne em diálogo trabalhos de Adrian Ghenie, Carla Cabanas, Jake Wood-Evans, Jorge Molder, Julião Sarmento, Lourdes Castro, Markus Oehlen, Muntean&Rosenblum, Noé Sendas, Rui Chafes e Teresa Murta.
Com curadoria de José Maçãs de Carvalho, “Que te seja leve o peso das estrelas” pode ser vista até dia 22 de janeiro do próximo ano, no horário habitual do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (de terça a sexta-feira, das 10H00 às 18H00; ao sábado e ao domingo, das 10H00 às 13H00 e das 14H00 às 18H00, encerrando à segunda-feira e feriados).

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