Dois jovens de Taiwan, do outro lado do mundo, fizeram viagem até Portugal para colaborarem como voluntários nos trabalhos diários com os animais do Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo.
Fizeram parte de um lote de seis voluntários estrangeiros que ficaram albergados na instituição durante algumas semanas de setembro e outubro, oriundos de três países europeus – Espanha, Bélgica e Alemanha – bem como dos Estados Unidos.
Chiahsing Lin e Chiating Peng rumaram desde Taiwan para tomar contacto com uma realidade muito diferente do seu país de origem, onde cumpriram tarefas diárias num parque onde vivem cerca de 400 animais.
Foi uma oportunidade para “uma experiência de voluntariado e, assim, conhecer a Europa, pois nunca tínhamos vindo”, conta o casal taiwanês.
Casal asiático reconhece exemplo português
“O Parque Biológico faz um ótimo trabalho no resgate e preservação das várias espécies de animais de Portugal, e por isso torna este projeto ainda mais dignificante e especial”, referiram os voluntários asiáticos, que elogiaram os funcionários do parque, que “cuidam dos animais como se cuidassem da sua família, o que é muito tocante. Graças a esta experiência conseguimos ter umas férias gratificantes e inesquecíveis”, concluiram.
Outro aventureiro que também veio de longe foi Quentin Silva, de 29 anos, oriundo do Texas (EUA). Sublinhou que o que mais o impressionou no parque foi, “além de observar animais selvagens, que as pessoas também podem interagir alimentando-os, e aprendem imenso sobre estes e sobre os animais da quinta, que também podem ser alimentados pelos visitantes”. Surpreendeu-se por “os animais selvagens estarem em grandes habitats e do bom tratamento que recebem, porque noutros parques os animais são mantidos em habitats muito pequenos, para além do facto deste parque acolher animais irrecuperáveis”.
Mãe de dois filhos belgas faz férias de voluntariado
Outro exemplo vem da belga, Kate Migom, que foi atraída pelos conceitos interligados de “Vida Selvagem no Centro de Portugal” e “instituição de solidariedade social” que descobriu quando fazia pesquisas na internet.
Kate explicou que “queria fazer algo útil durante as minhas férias, mas não podiam ser mais do que 14 dias, visto que tenho dois filhos a viverem comigo lá na Bélgica”. O que mais apreciou foi a natureza, o silêncio, a observação dos animais e, por último, mas não menos importante: as pessoas. Concluiu que “não tinha noção da dimensão da ADFP”, que considerou ser “um projeto de excelência”, tanto mais que conhece o setor, por ser assistente social numa instituição do seu país de origem.
A ADFP destaca o facto de a voluntária belga ter trazido roupas suas para doar à Fundação ADFP.