Bombeiros Voluntários de Cantanhede pedem mais apoio financeiro

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DR/Ana Catarina Ferreira

O dia foi de festa mas também de lembranças e pedidos. A Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Cantanhede (AHBVC) celebrou ontem 120 anos e, entre homenagens e inaugurações, pediu mais apoio financeiro ao Governo.
Adérito Machado, presidente da AHBVC, apesar de reiterar a enorme gratidão e empenho de todos os que têm passado pelos bombeiros voluntários, assumiu que a conjuntura atual não é a mais favorável.
“O governo aumentou o apoio aos bombeiros mas não deixa de ser curto comparando com aumentos que temos visto nos salários, nos combustíveis ou na eletricidade”, vincou o presidente.
Também Rogério Marques, presidente da Assembleia Geral da AHBVC, salientou a falta de condições que as associações têm para garantir profissionais.
Presente na cerimónia, António Nunes, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, concluiu que 2023 será um ano chave para o futuro das associações.
“Tem que haver uma tentativa de resolver os problemas financeiros. O ano de 2023 pode ver a ser o ‘annus horribilis’ caso o Governo não dê fundos para controlar estas dívidas”, disse.

SNS demora sete meses a pagar
As maiores críticas vieram, no entanto, de Fernando Carvalho, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra.
“Pergunto ao Governo quando é que os bombeiros passam a ter isenção de portagens no transporte de doentes? O Serviço Nacional de Saúde vai continuar a demorar a pagar sete meses pelos serviços que lhes prestamos?”, questionou.

Ministro prestou contas
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, apresentou contas aos bombeiros presentes. “Na Diretiva Financeira deste ano, aumentámos em 7% os montantes associados à comparticipação diária efetuada aos bombeiros integrados nos dispositivos e em cerca de 15% os montantes das despesas com alimentação”, afirmou.
José Luís Carneiro garantiu também que no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência vão ser adquiridos mais veículos de combate, sendo a Região Centro abrangida por esse reforço.
“Para a área do Comando Regional do Centro virão 22 Veículos Florestais de Combate a Incêndios e três Veículos-Tanque Táticos Florestais”, anunciou.
O ministro reiterou ainda que o apoio aos bombeiros no Orçamento do Estado para 2023 passa de 29,7 milhões de euros de financiamento permanente para 31,7 milhões de euros. Também o salário dos bombeiros aumentará, em 2023, 52 euros.
Já Helena Teodósio, presidente da Câmara de Cantanhede, relembrou o apoio dado pelo município a uma associação “fundamental” para o concelho.
“Estamos neste momento a suportar 50% do custo dos ordenados das duas equipas de intervenção permanente dos bombeiros. Garantimos ainda isenção de IMI aos bombeiros e isenção de pagamento de refeição escolar para os seus filhos no ensino pré-escolar. Hoje inauguramos uma viatura 100% financiada pela câmara e já garantimos 20 fatos de combate ao incêndio”, frisou a autarca Helena Teodósio.

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