Opinião: O Fogueteiro

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Nas últimas semanas fomos confrontados com o sucessivo aumento das taxas de juro, numa tentativa de contrariar o acelerado crescimento da inflação, cuja consequência para as famílias portuguesas é muito preocupante.
Neste mesmo período, o Eurostat publica que Portugal é o oitavo país mais pobre de toda a Europa e que, mesmo antes da anunciada recessão, existem quase 2 milhões de Portugueses que vivem abaixo do limiar da pobreza, obrigando-nos a questionar as razões para a crescente assimetria social tão visível em inúmeras situações.
Perante o obvio crescimento das dificuldades para as famílias, o Governo anuncia um conjunto de medidas de pretenso apoio, que revelam afinal não passar de fogachos políticos “travestidos” de apoio, assentes em manobras de comunicação, e que em nada irão ajudar a contrariar a escalada das arduidades, exacerbando assim a necessidade de acuidade total na gestão dos dinheiros públicos para melhor servir os interesses da comunidade.
Neste contexto, somos brindados com mais uma pérola política do nosso Ministro das Infraestruturas, ao anunciar que o seu Ministério está a estudar a privatização ainda para este ano da Transportadora Aérea Portuguesa TAP, cujo processo reverteu de forma inflamada como sendo um ato de desígnio nacional. Pedro Nuno Santos, após anos de propaganda contra o alegado “malfeitor” de direita, e que tanto jeito tem dado às diatribes dos governantes socialistas, afirma-se como o verdadeiro “fogueteiro” do atual governo, em que lança e apanha as canas, mesmo que à custo de muitos e muitos milhões que agora poderiam contribuir para uma melhor condição de apoio social.
Perante a ineptidão, a manobra de sempre, a culpa é do “capital”. Não interessa se este paga impostos, se alimenta a economia, se gera emprego. Tem de ser capaz se suprir o maior dos poços sem fundo, o da incompetência.

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